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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Custo Brasil é um desperdício de tempo e dinheiro do contribuinte

| 21/02/2020, 07:10 07:10 h | Atualizado em 21/02/2020, 07:12

O chamado “custo Brasil” é uma antiga expressão utilizada para designar as despesas adicionais que empreendedores brasileiros enfrentam para realizar negócios no País, em relação a outras nações estrangeiras: a burocracia, a carga tributária pesada e complexa, a infraestrutura precária, a insegurança regulatória, entre outros itens que minam a produtividade e a competitividade do empresariado nacional.

Pela primeira vez esse custo foi calculado, em estudo realizado em parceria entre o Ministério da Economia e o Movimento Brasil Competitivo (MBC), presidido pelo industrial Jorge Gerdau.

O levantamento foi feito ao longo de 4 meses, no ano passado. O resultado foi apresentado no final de janeiro em Brasília, em reunião da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da qual participei como presidente da Findes.

Os números impressionam. O custo Brasil representa uma despesa anual de R$ 1,5 trilhão, ou 22% do PIB do País. Só para efeito de comparação: esse recurso daria para construir 2,6 mil aeroportos novos como o de Vitória. Todos os anos!

Na reunião com Jorge Gerdau, os industriais lembraram uma frase do próprio ministro Paulo Guedes: “O empresário brasileiro tem uma bola de ferro na perna direita, que são os juros altos. Uma bola de ferro na perna esquerda, que são os impostos. E um piano nas costas, que são os encargos sociais e trabalhistas”. E é possível completar: “Agora corre porque os chineses estão atrás de você”!

A pesquisa avaliou 12 itens vitais para a competitividade do setor empresarial, entre eles: abrir um negócio, financiamento, empregar capital humano, infraestrutura, ambiente jurídico e regulatório eficaz e pagamento de tributos.

O custo Brasil é literalmente um desperdício de tempo e dinheiro. Ele mina a competitividade do País e dificulta a geração de novos negócios e empregos. Não por acaso, somos a nona economia do mundo e estamos somente em 32º lugar em indústria de transformação. A boa notícia é que, pela primeira vez, há um diagnóstico preciso e, aparentemente, há oportunidade de mudança de rumos.

Com base no levantamento, o governo lançou no final do ano passado o Programa de Melhoria Contínua de Competitividade (PMCC).

Medidas para reverter esse cenário serão analisadas em comitês formados por representantes dos setores público e privado, e em um ano os primeiros resultados devem aparecer. A iniciativa deveria também inspirar as autoridades do Espírito Santo, o governo estadual, a Assembleia Legislativa e a bancada federal.

Esse é um tema decisivo para o desenvolvimento do País. Na Federação das Indústrias e na CNI, vamos acompanhar os trabalhos. Temos enfim um instrumento e uma convergência de pensamentos e ações que podem realmente transformar essa realidade.

Leonardo de Castro é presidente da Findes.

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