Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Tribuna Livre

Tribuna Livre

Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Cuidados com os perigosos “projetos verão” para emagrecer

| 13/11/2020, 10:00 10:00 h | Atualizado em 13/11/2020, 10:03

O ano de 2020 foi atípico, passou rápido para a maioria das pessoas e num piscar de olhos nos aproximamos do fim de mais um ano. Junto com as expectativas para 2021, chega o verão e o questionamento: meu corpo está preparado para vestir biquíni ou sunga na estação mais quente do ano? E é a partir deste questionamento que vêm os chamados – e perigosos – “projetos verão”.

Neste período, a poucos meses da estação de praia, sol e piscina, uma grande parcela da população se vê insatisfeita com sua aparência e começa uma corrida atrás de resultados rápidos e milagrosos para, teoricamente, conquistar o “corpo de verão”.

Quem trabalha em academia ou tem o hábito de frequentar já percebe o aumento na procura nos últimos meses do ano.

O mesmo acontece com os profissionais de nutrição. E não há nenhum problema em buscar mudanças de hábitos, uma alimentação mais balanceada e inclusão de exercícios físicos na rotina, mas esse é um projeto para a vida inteira – e não para abandonar depois do Carnaval.

É importante lembrar que o Brasil é o país mais sedentário da América Latina e ocupa o quinto lugar no ranking mundial.

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), 47% dos brasileiros são sedentários e entre os jovens o número é ainda mais alarmante: 84% deles não fazem atividades físicas regulares.

Nos hábitos alimentares, os dados também não são animadores: um estudo recente, realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, apontou que frutas, legumes e verduras compõem apenas 4% do consumo alimentar da população brasileira.

A mesma pesquisa mostra que apenas 10 alimentos compõem mais de 45% do cardápio das pessoas: arroz, feijão, pão francês, carne bovina, frango, banana, leite, refrigerantes, cervejas e açúcar cristal.

Muito além da alimentação saudável e da rotina de exercícios físicos regulares, balancear outros fatores como ingestão de água, qualidade do sono e gerenciamento do estresse contribui para a nossa saúde como um todo, nutrindo nosso corpo de tudo que ele precisa para realmente ser saudável.

O “projeto verão” pode até te dar os resultados que você espera encontrar quando se olha no espelho, mas restrições visando um objetivo em curto prazo agridem seu organismo de uma forma que ele pode demorar muito a se recuperar.

Seu corpo não sabe interpretar a diferença entre “estar de dieta” e “estar preso em uma situação de risco sem comida”.

E quando você, de repente, para de nutri-lo, ele se sente realmente agredido, gerando processos que causam, inclusive, envelhecimento.

Que tal trocar aquele seu “projeto verão” por um projeto para se sentir bem e nutrir – muito além da alimentação – o seu corpo o ano inteiro?

DRIELLY DALTOÉ é nutricionista.
 

SUGERIMOS PARA VOCÊ: