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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Cuidado, cyberstalker! Agora, você poderá ser visto e julgado

| 04/05/2021, 10:48 10:48 h | Atualizado em 04/05/2021, 10:50

Você, assim como eu, costuma postar fotos do seu dia a dia, aonde vai, o que come e como vive?

Compartilhar experiências da vida nas redes sociais digitais faz parte. Aliás, essas mídias estão aí para isso mesmo: interagir, conectar, socializar e ter audiência, pessoas acompanhando nossas redes. É esse o objetivo, certo?

Mas atenção, cherie! Às vezes, pode dar ruim, bem ruim mesmo. É cada vez maior o número de pessoas que sofrem cyberstalking, termo em inglês utilizado para descrever conduta de quem ilegalmente persegue ou assedia virtualmente alguém. E informações de nossa vida são combustíveis que abastecem o assédio persistente do stalker.

A perseguição pode acontecer em vários níveis, desde envios constantes de mensagens nas redes sociais, especialmente de ódio; propagação de notícias difamatórias; tentativa de contato com parentes, amigos ou pessoas do convívio; até extrapolar o ambiente virtual, indo parar em perseguições nos locais em que sabidamente a vítima frequenta. Dá medo, sim!

Segundo o Centro Nacional de Vítimas de Crimes dos Estados Unidos, o comportamento perseguidor é "uma linha de conduta dirigida a alguém específico que leva pessoas razoáveis a sentir medo". Os números dessa prática (virtual e não-virtual) são de dar horror: 7,5 milhões de pessoas sofrem algum tipo de perseguição persistente nos Estados Unidos; 11% são perseguidas por cinco anos ou mais.

Mas a sociedade avançou para proteger as vítimas. A agora é lei: foi incluído no Código Penal o crime de perseguição, conhecido também como stalking e, claro, sua versão na Web, o cyberstalking. A pena para quem for condenado é de seis meses a dois anos de prisão, mas pode chegar a três anos com agravantes, como nos casos de crimes contra mulheres. Há ainda previsão de multa.

Com as redes sociais cada vez mais presentes, nossas vidas cada vez mais expostas, nossos aparelhos móveis se tornando verdadeiras extensões do nosso corpo, é impossível garantir que estejamos 100% imunes e que não venhamos a nos tornar vítimas também.

Por isso, deixo aqui algumas dicas de ações que podem ajudar a evitar esses seres do mal e reduzir os riscos de sofrermos cyberstalking: evite fazer check-in em locais públicos, principalmente em tempo real; não deixe e-mails ou números de celulares disponíveis; evite deixar evidente sua rotina, locais e horários cotidianos; não confirme presença em eventos públicos para todos verem; e deixe oculta sua lista de amigos.

Enfim, mesmo com os cuidados, mantenha a calma caso o pior aconteça e procure seus direitos. Lembre-se: a Web não é terra de ninguém.

E as empresas? Estão livres? Jamais de la vie! Também estão em risco e sujeitas a consequências desastrosas, podendo acabar com a imagem ou a reputação da marca ou instituição. Nessa hora é preciso ter um bom plano de crise. Mas essa já é outra história... quem sabe na próxima?

RAFAELA ANDRADE é mestre em Comunicação.

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