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Entretenimento

Crises de ansiedade e terapia após viver assassino


Imagem ilustrativa da imagem Crises de ansiedade e terapia após viver assassino
Allan: “Talvez seja importante entender o que realmente aconteceu. Entender os dois lados da história”. |  Foto: Robson Maia/Divulgação

Dar vida ao assassino Cristian Cravinhos, um dos condenados pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, foi uma tarefa dura para Allan Souza Lima.

“Três semanas depois do fim das gravações, comecei a ter crises de ansiedade e busquei terapia”, conta ao AT2, o ator, que está nos longas “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”, dirigidos por Mauricio Eça e que tem Carla Diaz interpretando Suzane.

Allan explica que o desgaste emocional se deu por ele não ter se desligado do personagem durante o processo de produção dos filmes.

“Optei por viver dentro dessa imersão contínua. É um tipo de processo que eu abraço muito, apesar do sofrimento”, diz o ator de 35 anos, que perdeu 6 kg durante o trabalho.

Para o pernambucano, que também atuou em “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, a proximidade da história de Suzane e dos irmãos Cravinhos proporcionou outra perspectiva do crime que chocou o País por sua frieza e brutalidade.

“Achei interessante tanto a questão moral quanto a judicial. E, em paralelo, a questão psicológica dos envolvidos, que fez com que eles cometessem os crimes”, destaca.

No trailer do filme, que estreia sexta no Amazon Prime Video, o público é surpreendido com a pergunta: “Em quem você acredita?”.

O AT2 repetiu a pergunta para Allan: acredita na versão de Suzane ou dos irmãos? “Prefiro manter o silêncio. Acho que, vendo as duas versões, o público vai entender qual lado da história, no caso eu, acredito”, respondeu ele, que, no ano passado, decidiu deixar de lado a vida artística. “Senti a necessidade de me desligar. Durante esse período, eu me ausentei. Falo que fui, nesse tempo, ex-artista ou ex-ator”.


“Senti a necessidade de me isolar. Fiquei no mato”


AT2 Qual a sua maior curiosidade em relação ao que as pessoas vão pensar sobre os filmes que estreiam sexta em streaming?

Allan Souza Lima É muito delicado, pois são filmes polêmicos. Da mesma forma que muita gente está esperando este momento para ver a história, há muita gente criticando por ele ter sido feito. Mas sempre falo: não foi o cinema que inventou o crime. Estamos aqui só para contar a história.

E é interessante dizer que ninguém está apoiando nada. Estamos contando a história do que aconteceu. Talvez seja importante entender o que realmente aconteceu. Entender os dois lados da história. Entender o que leva a cabeça do ser humano a chegar nesse lugar.

Afirma que esse trabalho foi um divisor de águas na sua vida.

Acredito que divisor de águas na minha carreira seja uma consequência. Eu venho de uma sequência de trabalhos que, naturalmente, a gente vai potencializando com o passar do tempo, com muita dedicação, abraçando projetos maiores. Esse foi um grande projeto de que fiz parte e que, com certeza, vai trazer grandes benefícios.

Em 2020, dedicou a sua vida a estudar botânica. O que significou esse período para você e quais frutos colheu?

Estou entendendo esse processo agora. O ano passado foi um lugar, para a humanidade, de parar e desacelerar. E, para muitos, refletir sobre a vida. Uma frase que ouvi no início da pandemia e me gerou muita reflexão é: “Estamos vivendo um centro de experimentação científica, no qual estamos descobrindo as nossas verdadeiras potências”. Quem é o mais medroso, o mais corajoso, o mais transformador... Eu me descobri no lugar de transformador, e senti a necessidade de me desligar.

Casos de artistas que se isolam sempre geram curiosidade. Pode explicar o motivo dessa fuga dos holofotes?

O artista, naturalmente, sendo um cara famoso ou não, trabalha com o palco. Nesse período, senti a necessidade de me isolar. Fiquei isolado no mato, numa fazenda. Precisei me isolar. Acho que o ser humano necessita, em algum momento da vida, parar e refletir.

Produz cogumelo shimeji dentro de casa. O que esse contato com a terra o ensinou?

Li, nessa pandemia, um livro chamado “Mulheres que Correm com os Lobos”. Há um momento nele que fala que o jardim é nossa alma. Cuidar do seu jardim está relacionado a cuidar da sua alma. Estar perto da natureza me levou a esse lugar de cuidado, de me cuidar e me reconectar.

Retornou ao trabalho com a gravação do filme “Arcanos”, ao lado de Lilia Cabral, Stepan Nercessian e Guilherme Piva. Pode falar sobre seu personagem?

O filme retrata a saga de uma taróloga que acaba pegando um anel. E esse anel, na verdade, é meu. E ela foge para o Maranhão e eu vou atrás dela em busca do anel. A história do meu personagem, junto da Lilia, que é a protagonista, ronda esse universo e essa busca.

Quais são seus projetos para este fim de ano e para 2022?

Tenho um longa que tirei do papel que é sobre a eclosão de uma terceira guerra mundial e o que restou da humanidade. Estou envolvido numa série que, neste momento, não posso dar detalhes. É um projeto que estou muito feliz de estar como protagonista.

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