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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Covid-19 e as incertezas sobre os impactos da pandemia no Brasil

| 31/03/2020, 07:26 07:26 h | Atualizado em 31/03/2020, 07:30

Quedas nas bolsas de valores, aulas suspensas, comércios fechados, eventos cancelados, trabalhadores em casa, governos decretando “estado de calamidade pública”, órgãos públicos fechados, recomendação de isolamento social pelas autoridades, anúncios de remédios milagrosos para combater o vírus, notícias nos jornais sobre as mortes provocando pânico na população...

Parece que estou descrevendo o cenário do novo coronavírus no Brasil, mas descrevi o que aconteceu no País em 1918, no período da gripe espanhola, que abalou todos os continentes, pois foi a mais devastadora pandemia de gripe registrada pela história da humanidade.

Retornando para a realidade do novo coronavírus no Brasil, o nosso cenário é o seguinte: o governo federal e alguns governadores têm entrado no embate sobre o que é certo fazer diante dessa pandemia, principalmente, no que diz respeito aos tipos de isolamento das pessoas: vertical ou horizontal.

Vale ressaltar, por exemplo, que o governo federal não tomou providências para evitar demissões em massa. A demissão não está proibida. Pelo contrário, está incentivada, uma vez que as empresas foram autorizadas a alegar força maior e pagar metade da multa do FGTS, de acordo com a MP nº 927/2020. 

Ou seja, para evitar a demissão em massa seria necessário garantir estabilidade provisória aos trabalhadores, aumentar a indenização para o caso de demissão (desestimular o empregador a demitir), entre outras medidas temporárias para enfrentar a crise.
De outro lado, alguns governadores têm feito a cada dia novas restrições para evitar o contágio do vírus (medidas de isolamento), com o intuito de não atingirmos a mesma “curva epidêmica” de países europeus.

Porém, quais medidas estão corretas? Não sabemos. Somente a partir dos próximos meses teremos uma visão ampliada de tudo isso. É fato que o emergencial agora é a saúde, entretanto, a economia poderá sofrer enormes retrocessos. 

Outra questão relevante neste cenário de crise pandêmica é em relação às eleições municipais deste ano. Se serão adiadas, por exemplo. Ainda não existe nenhum posicionamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou mesmo do Congresso Nacional.

Todavia, uma boa reflexão vem de 1918, pois foi também um ano de eleições e os políticos não quiseram protelar o pleito. Houve uma baixa na participação dos eleitores. Na época, Rodrigues Alves foi eleito presidente para o seu segundo mandato, mas quem tomou posse foi o vice-presidente, já que ele estava acamado (gripe espanhola). Rodrigues Alves veio a morrer em 1919 e uma nova eleição foi realizada.

Neste instante é tempo de todos nós lutarmos contra o vírus, até mesmo cobrando das autoridades competentes a adoção e a implementação de providências eficazes para minimizar ao máximo os impactos dessa pandemia.

Giselle Barbosa é jornalista especialista em marketing político.

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