Mulher tem lesão no nariz ao fazer teste de Covid em clínica na Serra
Uma técnica administrativo, de 31 anos, afirma ter lesionado o nariz após passar pelo exame RT-PCR, aquele no qual é coletada amostra de material biológico do paciente do nariz e da garganta com ajuda de uma espécie de cotonete, em uma clínica de uma operadora de plano de saúde na Serra.
Katiesca Fonseca da Silva informou que foi ao Pronto Atendimento dessa clínica, em Laranjeiras, na tarde de segunda-feira (8), após apresentar alguns sintomas de gripe. Ela passou por consulta com o médico que a encaminhou para o exame por se tratar de suspeita de Covid-19.
A paciente relata que estava um pouco nervosa com o exame por ser algo que incomoda, mas notou que o enfermeiro que realizaria a coleta da amostra parecia agitado.
“Sentei na cadeira e ele pediu para levantar a cabeça. Ele começou com a coleta na garganta e me deu ânsia de vômito. Ele foi ríspido pela primeira vez e disse que não podia tossir para não respingar nele”, relatou Katiesca.
Na sequência, o profissional coletou amostra da narina esquerda dela. Com a dor e o incômodo, a técnica administrativo disse que o enfermeiro ficou mais alterado e disse para ela não se mexer porque o “exame não era um bicho de sete cabeças” e passou a coletar material da outra narina.
Katiesca disse que nesse momento sentiu muita dor e começou a chorar ainda na cadeira. O enfermeiro com a voz em um tom mais alto apenas dizia que ela estava liberada.
“Estava com uma toalha de papel na mão e percebi que estava saindo sangue. Achei que era normal, mas depois começou a sair muito sangue e até pela boca. Meu namorado foi até a recepção perguntar se era normal e o mesmo profissional estava lá e me socorreu. Ele disse que era para inclinar a cabeça para trás e respirar”, disse ela.
Durante a noite, ela disse que sentiu receio do sangramento voltar, mas isso não ocorreu. Na terça (9), ela decidiu registrar reclamação no SAC da empresa de plano de saúde.
“Estou esperando por um retorno do plano de saúde. A atendente não me deu um prazo. Tentei anexar fotos para eles, mas não consegui. Ele estava nervoso e me machucou. Isso relatei para ele no consultório”, afirmou Katiesca.
Ela diz que se sentiu chateada pela forma como foi tratada pelo enfermeiro e que isso pode acontecer com outro pacientes, por isso registrou a reclamação.
Outro lado
A reportagem do Tribuna Online procurou a empresa de plano de saúde que, em nota, lamentou o ocorrido e informou que está apurando internamente a reclamação da cliente.
"A operadora ressalta que a equipe encarregada da coleta de swab foi devidamente capacitada para a função e tem atuado desde o início da pandemia, seguindo todos os protocolos estabelecidos para realização segura do exame", disse a nota.
A empresa ainda explica que o exame colhe a secreção da mucosa nasal, região que, de acordo com cada pessoa e momento, pode se apresentar mais sensível, ressecada ou irritada por uma série de fatores, como processos gripais ou alérgicos, gerando algum sangramento. "Neste caso, os profissionais seguem o procedimento padrão de inclinação da cabeça do paciente para controle do sangramento".
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