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Coronavírus

Capixabas nos EUA relatam como é o início da pós-pandemia


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Capixabas que moram nos Estados Unidos já começam a viver um novo momento em meio a pandemia do coronavírus. Com a vacinação avançada da população, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na última quinta-feira (13), que aqueles cidadãos que já receberam as duas doses do imunizante não precisam mais usar máscaras pelas ruas e até em locais fechados.

A situação, bem diferente da registrada em outras partes do mundo, traz um quadro de alívio entre as pessoas, acompanhada da queda no número de casos e mortes, seguida por uma elevação no número de vacinados.

O Tribuna Online conversou com alguns capixabas que moram em solo norte-americano e eles destacaram a oferta de vacinas e o incentivo a se imunizar, com doses disponíveis em farmácias nas cidades.

A vacinação no país começou em dezembro de 2020 e tem avançado de tal forma, nesses cinco meses, que as autoridades de saúde, nesta semana, autorizaram que adolescentes de 12 a 15 anos também recebam a imunização.

Morando em Austin, cidade do Texas, há 14 anos, o casal Marcelo Galvão e Kelly Freitas levou o filho, Gabriel, de 12 anos, para se vacinar na quinta-feira (13), dia em que saiu a autorização para imunizar adolescentes com a Pfizer.

A vacina foi uma espécie de presente de aniversário para o filho, que faz aniversário na semana que vem. "Ele tomou a primeira dose quinta e a segunda dose está marcada para 13 de junho. O governo federal tem feito muita campanha, liberou do uso de máscara para quem já está 100% vacinado. Está bem avançado aqui", disse Marcelo.

Marcelo trabalha com tecnologia da informação e a esposa dele atua como designer de ambientes e decoração. Ele conta que seguiram as medidas de distanciamento social à risca para evitar o contágio pelo vírus.

"Por opção nossa, nem em supermercado a gente ia mais. A gente pedia só por aplicativo. Ninguém entrava na nossa casa. A primeira vez que a gente foi ao supermercado foi quando deu uma caída em setembro. Mas logo depois veio o inverno e veio muito pesado, voltamos ficar em casa e só saíamos para fazer exercício andando na vizinhança nós três e o cachorro. Foi um período muito difícil, porque o Texas é muito Republicano. No começou ele fechou, mas depois o governador liberou um pouco mais já no verão do ano passado e o prefeito de Austin, que é Democrata, segurou um pouco. O Texas deu um pico e voltou aquele inferno de novo no inverno. Então foi bem difícil para a gente", disse ele.

O início da vacinação, ressalta ele, foi a passos lentos. Mas, hoje, ele estipula que cerca de 60% da população do condado onde mora já se vacinou pelo menos com uma dose.

No entanto, há ainda quem apresente resistência a se imunizar. "Como o Texas é muito Republicano teve aquela coisa ideológica de 'eu vou perder minha liberdade, não vou colocar máscara'. Teve gente de negação, no começo, em relação a vacina. ainda tem muita gente relutante em tomar vacina. o governo federal quer fazer campanhas para alcançar essas pessoas", afirma Marcelo.

A família já faz planos para quando o filho completar o esquema de vacinação com as duas doses. Visitar Vila Velha, o local de origem do casal, fazia parte desse plano, mas isso deve ficar para o futuro.

"A gente pensou em ir para Vila Velha, mas a gente pensou que como a coisa no Brasil ainda não está naquele jeito, a gente resolveu adiar mais uma vez a nossa ida ao Brasil para dezembro e vamos aproveitar aqui nos Estados Unidos. Estamos fazendo plano de viajar aqui no verão aqui por dentro e curtir o verão, dando foco no nosso filho para ele socializar, voltar aos esportes coletivos", conta Marcelo.


SAIBA MAIS Confira depoimentos de capixabas nos Estados Unidos


Até as farmácias nas esquinas já estão oferecendo vacinas


Imagem ilustrativa da imagem Capixabas nos EUA relatam como é o início da pós-pandemia
Luciane diz que há vacinas nas farmácias |  Foto: Acervo pessoal

"Aqui já está normal há algum tempo. Os restaurantes estavam funcionando com capacidade de 70%, mas agora já estão podendo abrir com capacidade total. Os cinemas já estão funcionando há alguns meses.

A gente só não costuma ver muita gente sem máscara ainda. Só quando estão na praia ou fazendo algum exercício no calçadão. Mas na hora de entrar nas lojas, ainda é obrigatório usar.
Está bem tranquilo porque quase todo mundo acima de 16 anos já está vacinado. Até as farmácias nas esquinas estão oferecendo vacina. Graças a Deus".

Luciane Wilber, 43 anos, capixaba que mora em Delaware (EUA)


"Agora são os adolescentes entre 12 e 15 anos que estão recebendo a vacina"


Imagem ilustrativa da imagem Capixabas nos EUA relatam como é o início da pós-pandemia
Flavia e Steven |  Foto: Acervo pessoal

"Nós ficamos mais de um ano sem poder sair de casa direito, só indo para o trabalho. Não dava para visitar quem não era do nosso convívio normal, não dava para ir na casa de amigos, não dava para ir à igreja. Agora já estamos vacinados e a vida vai aos poucos voltando ao normal.

Neste fim de semana, por exemplo, eu e meu namorado (Steven Dean) pegamos o carro e estamos indo visitar alguns amigos em outros estados. Estamos levando máscaras para usar nos lugares em que é obrigatório, mas vamos tranquilos porque já fomos vacinados.

Eu sou enfermeira e ele trabalha como técnico de informática em escolas. Tomamos as duas doses da vacina. No nosso Estado agora são os adolescentes entre 12 e 15 anos que estão recebendo a vacina contra a Covid.

Há algumas pessoas que não querem ser vacinadas e é por isso que o governo está liberando um pouco as regras de máscara e distanciamento, para incentivar a imunização, o que é essencial. O próprio presidente Biden pediu que o importante é o respeito ao próximo, e o pedido é se vacinar.

As lojas voltaram a ter um volume maior de clientes, os parques, os restaurantes também estão com mais gente. As pessoas ainda estão usando máscaras, porque a decisão do governo de liberar é recente. Nos lugares fechados, acredito que ainda vamos ver por algum tempo as pessoas usando máscara, mas nas áreas externas vai ser mais comum não ver.

Temos visto feiras de rua sendo organizadas, bares e restaurantes voltando a atender normalmente, ainda mantendo o distanciamento, mas estão recebendo mais clientes."

Flavia Rocha Rangel, 44 anos, enfermeira na Virgínia (EUA).


"Grande melhora na economia"


Imagem ilustrativa da imagem Capixabas nos EUA relatam como é o início da pós-pandemia
Guilherme é de Linhares |  Foto: Acervo pessoal

"Eu moro em uma pequena cidade chamada South Yarmouth no estado de Massachusetts há 36 anos. A situação aqui está bem mais tranquila agora, apesar de não termos tido números muitos grandes de contaminação e mortes causadas pela Covid-19. As pessoas seguiram bem as orientações das autoridades da saúde e até que a cidade esteve sob controle em relação a outras localidades que temos conhecimento.

Hoje, a grande maioria já está vacinada e com isso a situação tende a melhorar mais ainda. Mesmo assim, as pessoas, mesmo que já tenham tomado a segunda dose da vacina, ainda seguem seguindo todas as precauções: máscara no rosto, distanciamento social e higiene das mãos.

Com isso podemos observar uma grande melhora na economia e na vida de um modo geral. No meu ramo de atividade (agência de viagens), por exemplo, estamos voltando à normalidade depois de termos passado um tempo bem longo praticamente fechando no vermelho. Com certeza em breve voltaremos ao normal se continuarmos nos precavendo".

Guilherme Amorim de Andrade, empresário em Massachusetts.


"Três vacinas disponíveis"


"Os Estados Unidos não importou nenhuma dose de outro país. Aqui tem três vacinas disponíveis: a da Pfizer, Moderna e Jonhson &Johnson, que é uma dose. A minha mulher tomou essa e, hoje, qualquer pessoas acima de 16 anos já pode tomar a vacina.

Antigamente, a pessoa precisava fazer o agendamento. Hoje, não precisa. Qualquer pessoa acima de 16 anos que chega lá é vacinada e estão falando, em alguns locais, em vacinar pessoas acima de 12 anos.

Moro no Texas, aqui é um estado grande e, cada estado, tem sua lei própria. Estamos tentando voltar a rotina. Algumas companhias privadas, como banco, ainda estão exigindo máscara. Devido ser uma instituição privada tem esse poder de exigir o uso da máscara ou não. Mas em outros locais já estão isentos a máscaras e tentando voltar a rotina.

Tenho uma companhia de transporte aqui e a gente não parou. Estava no Brasil e cheguei aqui em fevereiro, no auge da pandemia. Mas tem muitos brasileiros que estão sofrendo dificuldades de trabalho com a pandemia.

Para não perder emprego estão sendo transferidos para outros locais. Mas o governo tem ajudado sim. O governo deu uma ajuda de 1.200 dólares para cada pessoa e, para criança, 600 dólares. Meu filho, que é casado com uma americana e já tem um filho, recebeu um incentivo de 3 mil dólares e, depois, um segundo de 4.200 dólares, que foi 1.400 dólares por pessoa".

Wemberth Ferraz, marido de Waleria Oliveira Ferraz. Eles moram em Houston, no Texas, desde 1999.

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