Cooperativas de transporte escolar fazem carreata para pedir apoio durante pandemia
Quinze cooperativas de transporte escolar fazem uma carreata, nesta sexta-feira (7), para “cobrar do poder público ações que possam reduzir os efeitos da pandemia para os profissionais do segmento”.
A concentração dos veículos foi marcada para 10h30, na via lateral da BR-101 (sentido Cariacica x Serra), próximo a um posto de combustíveis, na Serra.
“De acordo com a programação, a carreata foi iniciada às 11h e passará pelas pelos municípios de Serra, Vitória e Vila Velha. A expectativa é que pelo menos 150 veículos (10% da frota) participem”, informou o Sistema OCB Espírito Santo.
Os contratos de transporte escolar foram suspensos em março, quando o governo do Estado publicou o decreto que interrompia as aulas presenciais.
“Com isso, 1.571 cooperados e 254 trabalhadores celetistas que atuam nessas cooperativas, e que eram responsáveis pelo transporte diário de 77 mil alunos em 34 municípios, tiveram sua fonte de renda impactada”, explicou o Sistema OCB.
A reivindicação não é pela volta às aulas, segundo o movimento.
“Hoje o setor público precisa ver uma proposta que englobe esses trabalhadores, como um auxílio. Muitos cooperados não conseguiram acesso ao benefício federal por não atenderem aos requisitos. Também é possível pensar em um custo fixo em cima dos contratos”, disse o presidente da Cooperativa de Transporte Sul Serrana Capixaba (Serrana), Carlos Alberto Vieira.
Já o presidente da Cooperativa de Transporte da Região Sudoeste Serrana (Cooptac), Neander Pautz, afirma que “entre as alternativas que podem ser adotadas pelo poder público para superar esse desafio está o pagamento de custos fixos mensais; a continuidade dos pagamentos, ao menos parcial; prorrogação dos prazos de encerramento dos contratos administrativos; projetos de lei; programas sociais; auxílios e/ou subsídios”.
Um levantamento feito pelo Sistema OCB/ES mostra que o impacto da pandemia nas cooperativas de transporte já passa de R$ 8 milhões. O cálculo foi feito com base nos valores “dos contratos firmados junto ao Governo do Estado e às Prefeituras Municipais, que deixaram de ser repassados às cooperativas”.
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