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Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

Colunista

Gilmar Ferreira

Convicção e necessidade...

| 01/04/2020, 10:52 10:52 h | Atualizado em 01/04/2020, 10:56

A precoce efetivação do auxiliar Ramon Menezes como técnico do Vasco, em substituição a Abel Braga, é apenas mais um caso do dilema que marca os dirigentes brasileiros na hora de escolher o novo treinador.

Como não há plano de sucessão, eles geralmente se perdem entre a convicção e a necessidade — exatamente como agora.

Sem dinheiro, improvisam soluções, forjando um planejamento que não existe em nome de um orçamento que, na reta final, é sangrado sem piedade.

Menos mal que Ramon terá o suporte do veterano Antônio Lopes, o mesmo que bancou a promoção de Jair Ventura no Botafogo na virada do turno do Brasileirão de 2016.

Com a ida de Ricardo Gomes para o São Paulo, Lopes, como diretor-técnico, bancou a promoção do filho de Jairzinho. Mas havia um senão: Jair Ventura era treinador das divisões de base do clube, com conceitos de jogo definidos, testados e aprovados. E isso fez toda diferença num Botafogo já montado e entregue a Ventura.

Vejam o exemplo do mesmo Botafogo, em 2018, quando optou por apostar no trabalho de Marcos Paquetá, que voltava do mundo árabe. O clube não se tinha o menor conhecimento sobre os seus métodos de trabalho e a escolha pareceu mais voltada para questões orçamentárias do que para a construção de uma nova filosofia.

Ramon não tem ainda bons números para mostrar em suas passagens por clubes de pequeno porte e a promoção é um salto no escuro. Escolha meramente casuística.

Entendo a necessidade de o clube potencializar os recursos, mas vejo na estratégia um risco alto, que me faz lembrar da promoção do promissor Marcos Valadares, em 2019, técnico que vinha fazendo bom trabalho no time sub-20. Lançado pela necessidade em pleno Brasileirão, sequer teve tempo para ver as ideias amadurecidas.

Há quem ateste a capacidade de Ramon e torça para que ele se consagre. Mas precisará da compreensão daqueles que hoje o promovem.

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