Conquista do passaporte italiano fica mais próxima
Dentro de um ano, um milhão de capixabas poderão se habilitar ao passaporte italiano, em Vitória, e de forma mais simples, através da Agência Consular a ser instalada no Edifício Conilon, na Enseada do Suá. Aquela maratona, que exigia viagens ao Rio de Janeiro e até à Itália, envolvia apoio de despachante para minimizar papelada e burocracia. Chegou a ser comparada com a longa e tortuosa viagem dos imigrantes italianos por mar e terra.
“Hoje, cerca de um milhão de capixabas têm um pé na Itália e direito à cidadania”, calcula Cilmar Franceschetto, que dirige o Arquivo Público do Estado. A fase agora é de transição dos documentos que se encontram no Consulado do Rio de Janeiro.
Procura vai acelerar
Atualmente, há no Estado 32 mil descendentes portando documentos de cidadania italiana. E, diante da crise econômica, aprofundada pela pandemia, a tendência será o aumento de brasileiros buscando oportunidades em outros países. “O passaporte italiano facilita acesso a países como Espanha, Portugal, Estados Unidos, Canadá e outros”, frisa Cilmar Franceschetto.
Salvação da lavoura
Do empresário Roberto Galvêas, mirando impactos da pandemia e horizonte dos negócios, do alto do Eco da Floresta, em Domingos Martins: “O agronegócio será a salvação da lavoura”.
Os “inservíveis”
Argumento de diretor escolar, justificando entulhos encontrados em unidade da rede pública, é que a burocracia exige descrição e leilão do material. Enquanto isso, os “inservíveis” se tornam criadouros de mosquitos da dengue, zika e chikungunya.
Palavra de professor
Economista e professor, Arlindo Vilaschi cobra de governantes inovações contra a crise da pandemia. Sugere obras de infraestrutura utilizando mão de obra local. Mas ressalva:
“Precisa mudar o modo de contratar. Por licitação, já se sabe quem vai ganhar”. Também cobra facilidade na liberação do crédito, como quem diz: anunciam muito, chega pouco.
Pedalinho de Atibaia
Entreouvido no burburinho de uma dessas sessões online realizadas por parlamentares capixabas: “Se aqueles sítios e pedalinhos de Atibaia falassem...”
Compras por impulso
O isolamento tem levado pessoas às compras online – principalmente comidas e bebidas –, que registraram aumento médio de 50% nas vendas durante a quarentena. Mas a facilidade trazida pela expansão da plataforma digital delivery leva ao “consumo por impulso”, segundo pesquisa da Faculdade Pitágoras, em Linhares. Para evitar descontrole nesses gastos, o professor Edson Vander Alves sugere “parar de olhar aplicativos de compras e planejar”.
Plano de voo
O secretário de Estado do Turismo, Dorval Uliana, calcula que se o contágio da Covid-19 não aumentar, o Aeroporto de Vitória terá, em julho, 40% dos 80 voos diários registrados antes da pandemia. E todos de máscara.
Marcha dos gafanhotos... Musa da Bossa Nova, a saudosa cantora capixaba Nara Leão – nasceu em Vitória, foi criada no Rio – repaginou no cancioneiro uma marchinha bem oportuna, de Roberto Martins. Trecho da letra: “Gafanhoto deu na minha roça, comeu, comeu, toda minha plantação. Xô, gafanhoto, xô, xô, deixa um pouco de agrião pro meu pulmão...”
Curtas
Plano B. Hospital de campanha para tratar Covid-19 é Plano B do governo estadual. Mas se for necessário, primeira opção é instalar unidade no Pavilhão de Exposições de Carapina.
Cidade Bolsonarista. Deputado federal Evair de Melo ensaia candidatura a prefeito de Venda Nova do Imigrante, considerada a cidade “mais bolsonarista” do Espírito Santo.
Interiorização do vírus. Dois meses atrás, Águia Branca era município-modelo no controle da Covid e sem nenhum caso. Na última sexta-feira, registrava 46 contágios.
Leitura no isolamento. Sugestões de escritores capixabas: Manoel Góes propõe “Guananira” (Bernadete Lyra), Denise Moraes indica “O sertão anárquico de Lampião” (Luiz Serra).
Filosofia na pandemia. “Achava que ódio não existia no vocabulário do brasileiro”, do escritor francês Hélios Molina.