Conexão Curitiba-Rio para pressionar Lulinha
Quem acompanha de perto as investigações sobre os negócios de Fábio Luís, o Lulinha, vê uma engenharia em curso no renascimento do caso simultaneamente em cidades diferentes.
Como o TRF-4 põe em dúvida a competência da vara de Curitiba para tocar a investigação do filho de Lula, a Lava a Jato do Rio estaria de braços abertos para recebê-la, se ela vier a ser deslocada por ordem da Justiça, como indica a decisão recente de Gebran Neto. As duas forças-tarefa são consideradas ambientes hostis às questões envolvendo o ex-presidente.
Oitivas. Três funcionários de Jonas Suassuna, sócio de Lulinha, foram ouvidos pela Polícia Federal do Rio, em colaboração com a força-tarefa de Curitiba, nesta semana.
Neutralidade. A defesa de Lulinha tenta desvincular o caso dele das investigações na Petrobras e, portanto, de Curitiba. Os advogados acham que a competência do caso tem de ficar com a vara de São Paulo.
CLICK. Antes de vestir o gorro de Papai Noel, o presidente Jair Bolsonaro distribuiu presentes a crianças no Palácio do Planalto, durante cerimônia de “cantata natalina”.
Jogada... No meio jurídico, uma das leituras é a de que a Lava a Jato, com a busca e apreensão envolvendo os negócios de Lulinha, deu força e holofotes para a delação de Sérgio Cabral, recusada pelo MPF, porém aceita pela Polícia Federal.
...ensaiada? Em contrapartida, Cabral promete falar sobre supostos repasses da Oi para Jonas Suassuna, sócio de Lulinha, conforme a Folha de S. Paulo.
Estilingue e... A investida do MP do Rio sobre Flávio Bolsonaro deve diminuir consideravelmente a autonomia do clã Bolsonaro em relação ao Legislativo e ao Judiciário, avaliam políticos mais experientes.
...vidraça. No Senado, Flávio terá de se escorar ainda mais em Davi Alcolumbre, que tem matado no peito as provocações ao STF, por onde deverá passar o destino do filho de Jair.
Calma. O Psol já estuda entrar no Conselho de Ética contra Flávio. Outras siglas de oposição, porém, avaliam que, com uma eventual denúncia ou delação premiada, a representação seria mais efetiva.
Em casa. Alcolumbre tem na presidência do Conselho de Ética um aliado seu: Jayme Campos (DEM-MT).
Vai dar liga? Janaina Paschoal (PSL) articula nos bastidores uma chapa para concorrer à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2020. O objetivo da deputada estadual, recordista de votos em 2018, é unir Andrea Matarazzo (PSD) e o colega dela Arthur do Val, o Mamãe Falei (sem partido).
Marqueteira. A autora do impeachment de Dilma já tem até slogan para a campanha, no caso de Matarazzo e do Val se decidirem entre quem entraria como prefeito e quem entraria como vice numa eventual chapa: “Experiência e ousadia”.
Sem javanês. O ministro Og Fernandes, do STJ, brincou ao explicar nas redes sociais o que seria julgado na última sessão da Corte Especial do tribunal. Após citar embargos de declaração e outros termos jurídicos, finalizou: “Acho que 2020 começou mais cedo”.
Será? Em feijoada no fim de semana, Lula afirmou em alto e bom som que Fernando Haddad não deve ser candidato a prefeito no ano que vem. Ninguém acreditou.
Pronto, falei!
Sobre a família Bolsonaro atribuir ação do MP do Rio a Wilson Witzel
"O Presidente e o senador Flávio têm que explicar as acusações, não inventar acusadores”.