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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Vila do orgulho canela-verde

Manoel Goes Neto* | 22/05/2022, 08:59 08:59 h | Atualizado em 22/05/2022, 08:59

A efetiva transformação de Vila Velha em município independente, não ocorreu de forma simples. Por duas vezes foi anexada à Vitória, até a emancipação em 30 de novembro de 1896 (126 anos atrás). A antiga Vila do Espírito Santo, como era conhecida, ganhou pela primeira vez status de cidade, passando a ser chamada de Vila Velha. No início do século XX a cidade tinha vida modesta, fartura em pescado e abundantes belezas naturais. 

Em 1910 a iluminação passou a ser elétrica, e com a água encanada chegando à cidade, início de grande desenvolvimento. 

A chegada dos bondes elétricos foram fundamentais para o crescimento da cidade. Temos na Casa da Memória de Vila Velha, na Prainha, um único exemplar totalmente restaurado e aberto à visitação pública.

A história capixaba é muito digna de comemorações em 23 de maio, nos seus 487 anos de muita luta e superações. Em um domingo de Pentecostes, data da chegada da comitiva do fidalgo Vasco Fernandes Coutinho na hoje Prainha, em Vila Velha. 

Nunca é demais lembrar a etimologia da palavra “comemorar”, que muitos estudiosos pesquisadores insistem em criticar, confundindo com “festejar”. 

Comemorar é uma palavra de origem latina – commemorare - que significa recordar, rever, trazer à memória, recordar coletivamente. E para fortalecermos a nossa identidade capixaba, temos que trazer à memória coletiva a nossa ancestralidade, origens e cultura histórica, com muitas vitórias e superações, orgulho e pertencimento de sermos canelas-verdes.

O donatário Vasco Fernandes Coutinho teve toda sorte de dificuldades, como ocorreu em quase todas as capitanias do Brasil, à exceção das capitanias de São Vicente – SP e Pernambuco. 

Em função das dificuldades com os ataques indígenas, e pela fartura de água na Ilha de Santo Antonio (hoje Vitória), resolveu Vasco Coutinho, erguer na ilha uma “Vila Nova”, a nova sede da capitania, deixando a antiga sede, a Vila Velha, abandonada e tomada pelos índios. Mesmo assim realizou bastante; fez acordos com os índios do Espirito Santo, conseguindo até converter alguns à fé cristã. 

Fundou os primeiro engenhos de açúcar, construiu duas vilas, a Vila Velha e a Vila da Vitória, hoje a capital Vitória. Viajou mais de uma vez à Portugal buscar recursos e colonos para a sua capitania.

Os capixabas precisam entender mais os seus mitos, símbolos, ritos, crenças e saberes. Devem conhecer e valorizar a rica cultura popular, tão importante quanto a literatura, a arte plástica, e a arquitetura. 

Vila Velha é a segunda cidade mais antiga do Brasil, fundada em 23 de maio de 1535, perdendo apenas para a paulista Cananéia e tendo Olinda (PE) em terceiro lugar, e que caminha, daqui a 13 anos, para o seu V Centenário.

*MANOEL GOES NETO é escritor e diretor no Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.

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