Eleição americana é como entrega do Oscar

| 03/11/2020, 17:25 17:25 h | Atualizado em 03/11/2020, 17:31

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-11/372x236/o-presidente-dos-estados-unidos-e-candidato-republicano-a-reeleicao-donald-trump-9a7d622ec123aba35a7d4f19df3d72b7/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-11%2Fo-presidente-dos-estados-unidos-e-candidato-republicano-a-reeleicao-donald-trump-9a7d622ec123aba35a7d4f19df3d72b7.jpeg%3Fxid%3D148812&xid=148812 600w, O presidente dos Estados Unidos e candidato republicano à reeleição, Donald Trump

Nos Estados Unidos, o show não pode parar. Seja no esporte, no entretenimento ou na política.

Isso talvez ajude a explicar a insistência do país mais rico e poderoso do mundo de levar em clima de tensão absoluta algo que em outras situações seriam “favas contadas”.

Nesse aspecto, a eleição americana parece a entrega do Oscar. Muitas vezes, está na cara qual filme vai ganhar, mas o negócio é levar a expectativa do público até o fim.

Joe Biden tem a maior vantagem nas pesquisas sobre um adversário em 24 anos! Só uma conjugação improvável de fatores ou um fenômeno inesperado tiraria a vitória do democrata. Isso em condições normais, mas na “América”, o melhor é sempre tudo se decidir no último segundo, como um arremesso espetacular, no “estouro do cronômetro”, que decide o título da NBA.

Ajuda muito para este clima um sistema eleitoral analógico, justo no país que impõe o digital como padrão mundial de modernidade. Há quem diga que o sistema eleitoral americano não se moderniza para evitar fraudes e há quem diga que não se moderniza justamente para permitir a judicialização de incertezas. Certa vez, vi um funcionário da diplomacia americana ser indagado sobre isso. O máximo a que se permitiu como resposta foi um sorriso de desdém.

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