Bolso

| 27/05/2022, 09:54 09:54 h | Atualizado em 27/05/2022, 09:54

Apesar do negacionismo em público, aliados de Jair Bolsonaro (PL) reconhecem o baque da pesquisa Datafolha. Dois ex-ministros do atual governo ouvidos pelo Painel afirmam que é urgente centrar fogo na economia, explicando as causas da inflação alta, em uma estratégia maciça de comunicação.

Esse pacote incluiria responsabilizar a pandemia, o “fique em casa” e a guerra na Ucrânia. Sobretudo, é preciso projetar um horizonte mais otimista para o segundo semestre.

Gritaria 

Os ex-ministros dizem que a pesquisa mostra que a população está cansada da radicalização do discurso e quer ver soluções práticas. Mas se dizem pessimistas de que Bolsonaro baixará o tom.

Veja o lado bom 

Aliados do Presidente buscam entender como ele tem índices piores entre quem recebe o Auxílio Brasil. Pelo menos, se consolaram com o fato de que a aprovação neste grupo não piorou desde o último levantamento.

Ho-ho-ho 

 O ministro Fábio Faria (Comunicações), que comparou a pesquisa a duendes, Papai Noel e Pinóquio, já teve outra opinião sobre o Datafolha. 

Em agosto de 2020, comemorou levantamento que mostrava que Bolsonaro havia atingido sua melhor avaliação.

Rena 

“Excelente! O presidente Jair Bolsonaro atingiu sua melhor avaliação desde o início do mandato, segundo pesquisa Datafolha. É muito bom ver os brasileiros reconhecendo o grande trabalho que vem sendo feito pelo governo em todas as frentes”, escreveu.

Freio 

 Diante da euforia entre apoiadores de Lula (PT) com os números do Datafolha, membros da campanha pediram “pé no chão”. 

José Guimarães (CE), vice-presidente nacional do PT, fala em “calçar as sandálias da humildade”.

Calma 

 Já Aloizio Mercadante destaca que desde 1989 quem liderava a cinco meses venceu. “Nossa campanha não tem que aceitar as provocações e continuar debatendo a economia e o social, comparando os governos Lula e Bolsonaro. Esse é o caminho que nos levará à vitória”, afirma.

Pá-pum

Gilberto Kassab, presidente do PSD, enxerga uma polarização consolidada, com muita dificuldade de viabilização de um candidato da terceira via. 

Nesse sentido, diz, o PSD tende a liberar os filiados a apoiarem quem preferirem nas eleições presidenciais.

Mordaça 

 A Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (Abrapel) divulgou nota em que manifesta preocupação com o projeto de lei do novo código eleitoral. 

“Pesquisas não são prognósticas; elas apenas descrevem um cenário, mas não substituem a votação nas urnas”, diz, sobre a exigência de “taxa de acerto”.

À luta I

Movimentos populares que apoiam Lula elaboraram um plano de comunicação para complementar a estratégia oficial da campanha petista. 

As entidades fazem parte das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, compostas por mais de 100 organizações.

À luta II

 Em encontro na semana passada, redigiram documento em que defendem a comunicação como uma “dimensão estruturante da batalha”. 

Os movimentos prometem construir “uma imensa rede de militantes e ativistas capazes de emocionar o povo”.

Do povo 

O lançamento da pré-candidatura presidencial de Luciano Bivar (União Brasil), em 31 de maio, terá apresentação de artistas anônimos de diversos estados. 

A ideia é fazer contraste com o evento que deu início à pré-campanha de Lula. Na ocasião, os apresentadores foram o músico Paulo Miklos e a chef Bela Gil. Houve uma reedição do jingle “Lula lá” entoado por diversas celebridades.

Aval 

O presidente da Rede Mundial de Justiça Eleitoral, o indonésio Rahmat Bagja, confirmou participação como observador internacional das eleições. O convite faz parte do esforço do TSE de encontrar suporte em outras instituições para legitimar o processo de votação do Brasil.

Lixo 

O governo de São Paulo descarta tentar negociar os termos do projeto de lei complementar que estabelece um teto de 17% para o ICMS. Aprovado na Câmara, ele está no Senado.

Descarte 

“Esse projeto não tem salvação. É mal feito, mal escrito e inconstitucional”, diz o secretário estadual da Fazenda, Felipe Salto. 

Nos cálculos do governo, a perda de receita do estado chega a R$ 8,6 bilhões por ano com a medida.

Recado 

Grafite em muro no Sacomã, zona sul de São Paulo, chama o vereador Camilo Cristófaro (Avante) de racista. Ele utilizou a expressão “é coisa de preto” durante sessão e está ameaçado de cassação. O bairro é reduto eleitoral dele.

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