Crucificação de Jesus à luz da IA

Coluna foi publicada no domingo (31)

Eduardo Pinheiro | 01/04/2024, 12:28 12:28 h | Atualizado em 01/04/2024, 12:28

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Crucificacao-de-Jesus-a-luz-da-IA0017423600202404011228/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FCrucificacao-de-Jesus-a-luz-da-IA0017423600202404011228.jpg%3Fxid%3D769246&xid=769246 600w, Eduardo Pinheiro é consultor de tecnologia da informação

Na era digital, em que a Inteligência Artificial (IA) transforma incessantemente as fronteiras do possível, uma questão intrigante emerge: será que a promessa de uma futura superinteligência artificial poderia, por fim, oferecer respostas definitivas sobre mistérios históricos tão enraizados?

Entre esses enigmas, a crucificação de Jesus Cristo — um evento marcante, tanto no contexto histórico quanto religioso, situado por volta do ano 33 da era comum — permanece um dos mais examinados e debatidos.

A questão de fornecer “evidências irrefutáveis” da crucificação de Jesus Cristo, ou de qualquer evento histórico específico da antiguidade, está além da capacidade atual ou prevista de qualquer forma de Inteligência Artificial, incluindo a superinteligência artificial. Há várias razões para isso:

Fontes Históricas Limitadas: Muitos eventos antigos são documentados por um número limitado de fontes, muitas das quais podem ser fragmentadas, parciais ou escritas muito tempo após os eventos que descrevem. A crucificação de Jesus é, principalmente, documentada por fontes religiosas (os Evangelhos do Novo Testamento) e algumas referências em escritos históricos não cristãos. Cada uma dessas fontes têm seu próprio contexto, propósito e perspectiva, o que afeta sua interpretação.

Interpretação e Contextualização: A interpretação de evidências históricas, muitas vezes, requer um entendimento profundo do contexto histórico, cultural e linguístico. Enquanto a IA pode ajudar a analisar e correlacionar dados de acordo com algoritmos específicos, a interpretação de textos antigos e a compreensão de seus contextos sociais e culturais são profundamente influenciadas por nuances que a IA, como entendida nos dias atuais, não pode capturar em sua totalidade.

Limitações da IA: A Inteligência Artificial opera com base em dados e algoritmos programados por humanos. Ela pode identificar padrões, fazer previsões e até gerar novos conteúdos com base no que aprendeu. No entanto, ela não pode gerar novas informações históricas se essas informações não existem ou são inacessíveis. A IA não pode, por exemplo, acessar documentos ou evidências que foram perdidos ao longo do tempo ou que nunca foram registrados.

Superinteligência Artificial: Mesmo uma superinteligência artificial que, por definição, teria capacidades cognitivas superiores às humanas, em praticamente todos os campos de interesse, ainda estaria limitada pelas evidências históricas disponíveis. Embora pudesse, em tese, analisar dados existentes com uma eficiência e profundidade inatingíveis para os humanos, ela não poderia criar novas evidências históricas se não existem.

Mesmo sem evidências irrefutáveis da crucificação de Jesus Cristo por IA avançada, nada é capaz de abalar a fé de um cristão, pois para ele, os escritos bíblicos e a crença em Cristo transcendem o entendimento humano ou artificial, sendo a essência da sua fé inabalável. No mais, uma feliz e abençoada Páscoa a todos!

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