Planalto tenta articular seu “Plano Marshall”

| 22/04/2020, 09:12 09:12 h | Atualizado em 22/04/2020, 09:25

Com o aval de Jair Bolsonaro, o general Braga Netto trabalha para anunciar este mês uma espécie de “Plano Marshall” (Segunda Guerra).

O chefe da Casa Civil quer algo para uns “30 anos”, segundo quem ouviu dele as linhas gerais do projeto de recuperação da economia brasileira, combalida com a grave crise da Covid-19. Uma reunião de Braga Netto com grandes empresários está sendo negociada para ocorrer o mais breve possível. O ministro Paulo Guedes (Economia), porém, ainda não tomou parte nas conversas sobre o assunto, restritas ao Planalto.

Área de escape. O anúncio que o governo de São Paulo promete para hoje sobre a reabertura gradual do comércio deverá condicionar a flexibilização das medidas à redução de casos da Covid-19. Até ontem, a ideia também era deixar aberta a possibilidade de fechamento total se a situação escapar do controle.

Xi... Deu ruído nas conversas entre prefeitura e Bandeirantes para a reabertura do comércio no Estado. A capital se prepara para dias ruins em maio.

Tradução. A ministra do Supremo, Rosa Weber, deu 48 horas para que o IBGE e a Agência Nacional de Telecomunicações expliquem como será feito o compartilhamento de dados que as operadoras de telefonia terão de fornecer sobre seus clientes e o que significa a “produção estatística oficial” durante a pandemia.

CLICK. Preocupada com o aumento do desmatamento ilegal e do garimpo em tempos de pandemia, a Frente Parlamentar Ambientalista tem mantido suas reuniões.

Inquérito. Enquanto alas do MPF ainda bombardeiam Augusto Aras por excluir Bolsonaro do inquérito para investigar os atos contra a democracia, os mais otimistas já olham para frente: a bola agora está com Alexandre de Moraes, e ele tem “sangue” nos olhos, diz um colega dele.

Aritmética. Parlamentares estão com a calculadora na mão por causa do movimento de Jair Bolsonaro para ganhar o Centrão e isolar Rodrigo Maia. Num cálculo dos cálculos, Bolsonaro teria pouco menos de 200 parlamentares, e Rodrigo Maia, cerca de 160.

Já vi esse filme. Há temor de que o governo repita o script da reforma da Previdência: prometeu e não entregou e, se entregar, acaba fritando e tomando o cargo de volta.

Empoçou. Sob ataque dos artistas, Regina Duarte até elaborou medidas para ajudar o setor na crise da Covid-19, mas elas estão paradas na burocracia da Esplanada dos Ministérios.

Dívida. A OAB está articulando no Congresso e no Executivo uma forma de garantir o pagamento dos precatórios, ao menos dos que já estavam programados para estes meses.

Dá uma lida. A Economia já recebeu um conjunto de 18 sugestões da entidade e prometeu dar uma resposta em breve. A suspensão dos pagamentos foi determinada por alguns municípios.

Necessidades. De acordo com Eduardo Gouvêa, presidente da comissão especial de precatórios da OAB, o não pagamento desses recursos neste momento significa “tirar dinheiro da economia”. Ele lembra que mais de 500 mil credores são idosos.

Calote. “É tirar a possibilidade dessas pessoas se defenderem da crise. Passa ainda o recado de que o Brasil, ao primeiro sinal de crise, descumpre a Constituição”, disse à Coluna.

Pronto, falei!

Sobre ataques à CPI das Fake News

"Não sei qual é o medo da 'corte' de Bolsonaro: um querendo acabar com a comissão, outro depreciando os membros".

Angelo Coronel, senador (PSD-BA)

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