Economia já é nova “vilã” para Bolsonaro

| 01/09/2021, 09:29 09:29 h | Atualizado em 01/09/2021, 09:33

O avanço da vacinação no País e o consequente arrefecimento da pandemia trouxeram más notícias para Jair Bolsonaro, diferentemente do que muitos imaginavam: os brasileiros agora voltam suas aflições para a inflação, o desemprego e seus perversos derivados.

Segundo a mais recente pesquisa Genial/Quaest, antecipada com exclusividade para a coluna, a economia já é o principal problema para 21% dos entrevistados, atrás apenas da saúde, 28%. O pessimismo aumentou sete pontos percentuais: 32% acham que o cenário econômico vai piorar.

Fase… A avaliação de Bolsonaro também segue tendência desfavorável para o Presidente: 48% têm opinião negativa sobre o governo, quatro pontos percentuais a mais do que na rodada anterior da pesquisa.

…ruim. A situação de Bolsonaro piorou em todas as regiões do País e em todos os segmentos, inclusive entre os evangélicos. A pesquisa de setembro da Genial/Quaest será divulgada hoje.

Pressa. O levantamento também não traz boas notícias para o centro. Os nomes testados seguem padecendo com o desconhecimento ou mantêm alta rejeição, como os de João Doria (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). Lula se consolida na liderança dos cenários, seguido por Bolsonaro.

Dados.  A coleta dos dados da pesquisa foi realizada por meio de entrevistas feitas face a face, com a aplicação de questionários estruturados para 2 mil pessoas em 95 municípios, entre 26 e 29 de agosto.

Pausa.  Em pré-campanha, Lula deve adiar a viagem a Minas Gerais, prevista para este mês: recebeu convite do governo do presidente López Obrador para uma visita ao México.

Eu acredito.  A despeito do momento desfavorável, Bolsonaro mostrou que ainda tem cartas na mão e fichas na mesa ao brecar o manifesto da Fiesp e rachar a Febraban. No entorno de Ciro Nogueira (Casa Civil), o sentimento destoa do cenário das pesquisas: é de otimismo. A leitura é de que a economia vai se assentar em 2022 e Bolsonaro se recuperará.

Impasse I.  Ruídos entre autoridades municipais de São Paulo e os organizadores do ato contra Bolsonaro no Vale do Anhangabaú marcaram as últimas reuniões de preparação do protesto do 7 de Setembro.

Impasse II. A mobilização no 7 de Setembro será o primeiro grande ato no local após a assinatura da concessão do Vale à iniciativa privada, em julho.

CLICK. João Doria (ao centro, de preto) recebeu atletas olímpicos durante homenagem no Palácio dos Bandeirantes.

Se liga. Representantes foram alertados: organizadores podem ser responsabilizados em caso de depredação dos 11 quiosques, agora equipamentos privados. Esse tipo de exigência não ocorre para atos marcados em espaços públicos.

Aí não.  Os organizadores se comprometeram a cumprir as exigências burocráticas para realizar o ato, mas não assinaram nenhum termo sobre os quiosques.

Pegou a veia.  Do criminalista Sérgio Rosenthal: “Os diuturnos ataques ao STF constituem não apenas estratégia destinada a encobrir a ausência de um debate construtivo sobre reais problemas do País, como uma tentativa de enfraquecer os Poderes da República e impor um governo de cunho autoritário”.

Pronto, falei!

"A pandemia nos impôs grandes desafios, mas o trabalho dedicado nos permite olhar para frente com otimismo, confiantes na consolidação do crescimento”.

Ciro Nogueira (PP-PI), ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro

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