Colombiano extraditado para o Estado escondia cocaína em blocos de granito
Considerado pela Polícia Federal do Estado como um grande traficante, Juan Pablo Muñoz Hernández, 38 anos, preso na Espanha em 2018, foi extraditado para o Brasil e chegou ao Aeroporto de Vitória na manhã desta quinta-feira (12).
Conhecido como "Carlos Ciro", o homem é acusado de transportar grande quantidade de cocaíca dentro de blocos de granito. O delegado Ramon Almeida da Silva, chefe da Delegacia de Repressão ao Tráfico de Entorpecentes da Polícia Federal, explicou à reportagem de A Tribuna como a droga era acomodada dentro dos blocos de granito.
No início de 2017, a PF começou a monitorar o dia a dia de quatro homens mexicanos que estavam no Espírito Santo. Os policiais constataram que os suspeitos alugaram um galpão no município da Serra, para onde levavam blocos de granito que compravam em empresas da região.
No local, os traficantes tinham todo o maquinário necessário para fazer o trabalho. “Eles faziam um buraco na pedra, deixavam ela oca, e ali dentro colocavam a cocaína”, explicou o delegado.
O trabalho era tão bem feito que, segundo o delegado, uma simples vistoria não conseguiria descobrir o crime. O buraco nas pedras era tampado com o próprio pó do granito, que era misturado a outros produtos. O aspecto final era de uma pedra normal, o que não levantaria suspeitas.
No dia 18 de abril de 2017, ao saber que uma carga teria sido encaminhada para o Porto de Vitória, os policiais interceptaram seis blocos de granito, todos dos suspeitos mexicanos. Das seis pedras, apenas uma continha a droga, 120 quilos de cocaína com alto teor de pureza.
Três dos quatro suspeitos já haviam saído do país. O último deles foi preso no Aeroporto, logo após a apreensão da droga. É um homem de 55 anos, que já foi condenado e cumpre pena no Estado.
Após essa primeira prisão, a polícia foi atrás de quem comandava toda essa operação e descobriu Juan Pablo em Madri, capital da Espanha. Ele foi preso há mais de um ano, e aguardava o processo de extradição para ser transferido para o Brasil. Isso porque a pena deve ser cumprida no país onde o crime foi cometido.
Os outros três suspeitos seguem foragidos.
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