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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Classe artística se reinventa durante a pandemia da Covid-19

| 13/07/2020, 06:53 06:53 h | Atualizado em 13/07/2020, 07:01

Após o choque inicial, surge a adaptação a esta nova realidade. O mundo virtual está mais presente do que nunca e o grande desafio é se recriar a cada dia já que a arte não pode parar. Com a pandemia do novo coronavírus, a classe artística sofreu uma pancada e nem deu tempo de anotar a placa do caminhão. As mudanças foram repentinas e isso tirou o nosso chão. Ficamos inertes até entender o que estava acontecendo. Mas, como já sabemos, o show não pode parar!

As apresentações de shows musicais e de peças de teatro, por exemplo, estão ganhando cada vez mais força no modo online. E neste formato digital também têm se formado grupos para rodas de leituras, contação de histórias e até participação em exposições virtuais.

O público, que está em casa sem usufruir de atrações presenciais, ganha por ter tantas oportunidades para consumir cultura sem sair do conforto do seu lar. E nós, artistas, ainda em fase de adaptação a esta nova realidade, também ganhamos, já que somos movidos a desafios. E, sim, os desafios têm sido constantes neste período de isolamento social.

Um deles é justamente estar longe do público, que é o nosso combustível. Mas a grande loucura disso tudo é saber que, embora estejamos distantes – artista e plateia –, o alcance do nosso trabalho tem sido imensurável.

Também tem sido um grande desafio nos adaptar ao “timming” do nosso novo palco. Na internet é tudo muito rápido e exige um grande esforço na geração de conteúdo inédito e atrativo.

E neste momento em que o setor está se reinventando, os fomentadores culturais têm dado as mãos na busca por estratégias para que, unidos, estejamos fortalecidos e superemos este desafio. A arte não pode parar!

Enquanto aguardamos o desenrolar dos novos acontecimentos, já estamos estabelecendo planos de ações para os próximos meses. Com o isolamento social, o público aumentou o consumo da cultura e arrisco a dizer que está compreendendo melhor qual a real importância deste setor em suas vidas. É inconcebível a ideia que muitos ainda tinham de que cultura é apenas distração.

Agora, mais do que nunca, as pessoas estão conseguindo compreender a cultura como oportunidade de reflexão, de conexão, de inserção, de transformação social e muito mais. E se muda a postura de quem consome cultura, muda também a de quem faz cultura.

Não há uma mágica para nos mantermos de pé. Mas não podemos ter medo de ousar. E nem podemos perder oportunidades.

Artistas são empreendedores o tempo todo. Não temos respostas para tudo, mas não vamos ficar parados esperando que as coisas se resolvam. O mundo continua em mudança e nós, que dependemos de público, estamos aprendendo a nos adaptar a esse novo que nem nós mesmos conhecemos.

O futuro a Deus pertence, mas acredito que, entre erros e acertos, inseguranças e certezas, sairemos desta fortalecidos, mais criativos, inovadores e com um olhar diferenciado para as diversas oportunidades ao nosso redor.

Abel Santana é ator, diretor e produtor cultural.
 

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