Cirurgias eletivas devem retornar no mês de agosto, diz Secretaria de Saúde
O sistema de saúde deve retornar, aos poucos, o atendimento a casos eletivos (de não urgência) em meio à pandemia do coronavírus. Por conta do contágio avançado, diversas serviços foram paralisados e cirurgias eletivas canceladas. O retorno, no entanto, começa a ganhar um cronograma.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, as redes pública e particular podem começar, já no mês de agosto, a receber as primeiras cirurgias eletivas. Entretanto, não há uma previsão inicial de quais serviços serão retomados.
"Estamos preparando para que, no mês de agosto, a rede de saúde passe, progressivamente, a retomar um calendário de atividades eletivas. A confirmação deste calendário será de acordo com o o comportamento da pandemia no mês de julho e a estabilidade de pelo menos três semanas das tendências de queda no número de óbitos, casos graves e queda sustentada de ocupação de leitos de UTI. Precisamos desta queda sustentada para que possamos tomar estas decisões", explicou.
O secretário destacou ainda que o serviço de saúde no Estado não ficou parado durante a pandemia. A demanda reprimida por serviço de radioterapia, por exemplo, foi zerada e não há mais lista de espera. A ortopedia de alta complexidade também não teve interrupção.
O subsecretário de Saúde, Luiz Carlos Reblin, destacou que a suspensão de parte das cirurgias eletivas foi recomendada por grande parte das sociedades de especialidades médicas e também foi baseada em estudos europeus sobre contaminação de pacientes.
"Estudos da Europa mostraram que até 20% das pessoas que se submeteram a cirurgias neste período faleceram. Quando houve a suspensão, foi no sentido de evitar o adoecimento e o alto risco de submeter uma pessoa que, em alguns casos, já tem problemas pela queda da imunidade", disse.
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