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Cidades

Vacina Coronavac vai ser testada em 1.280 pessoas

Grupo conta com adolescentes e crianças acima de 3 anos no Espírito Santo que irá receber doses para testar eficácia


Ao completar um ano nesta terça-feira (18) da primeira dose de vacina aplicada no Estado contra a covid-19, a esperança pelo fim da pandemia continua avançando também para os mais novos. 

A vacina Coronavac, a mesma aplicada no início da imunização, começou a ser avaliada no Espírito Santo em 1.280 crianças acima de 3 anos e em adolescentes.  

O projeto Curumim, de pesquisadores do Hospital das Clínicas (Hucam), vai testar a eficácia, segurança e a produção de anticorpos e células de defesa nas crianças e adolescentes, após duas doses da vacina Coronavac. 

Além de acompanhar os resultados do imunizante durante um ano, a pesquisa também vai comparar resultados com a vacina da Pfizer. Intitulada “Eficácia, Imunogenicidade e Segurança da Vacina Inativada (Coronavac) contra Sars-Cov-2 em Crianças e Adolescentes”, a pesquisa é coordenada pela médica Valéria Valim. 

Ela reforça que o estudo é de grande importância, podendo auxiliar na incorporação da Coronavac, como mais uma opção de imunizante para crianças no Programa Nacional de Imunização.

No País, hoje, apenas a Pfizer é aprovada para crianças acima de 5 anos. A Anvisa está analisando e pode  autorizar ainda que a Coronavac seja liberada provisoriamente acima de 3 anos. 

Além de contribuir para autorização permanente, o estudo será o primeiro em crianças que vai avaliar a imunidade celular, que são importantes para a eficiência e duração da imunidade. 

Quanto à segurança do imunizante, a pneumologista pediátrica e alergista Carolina Strauss, que participa do projeto, reforçou que a Coronavac utiliza uma tecnologia muito conhecida e usada há anos, de vírus inativado. “Não estamos começando do zero. Ela já é uma vacina utilizada em idades pediátricas em pelo menos seis países, com alguns estudos para a faixa etária já publicados, e 18 em andamento no mundo”. 

Na última sexta-feira (14), os primeiros nove participantes pré-cadastrados do estudo começaram a coleta e imunização. A abertura fez parte da preparação da equipe para a abertura do agendamento para os voluntários, que começa hoje no portal do projeto. 

Os primeiros resultados devem ser apresentados no primeiro semestre, a partir da coleta após as duas doses aplicadas.

Imagem ilustrativa da imagem Vacina Coronavac vai ser testada em 1.280 pessoas
|  Foto: Acervo Pessoal

Anita é a primeira do País a receber dose

Com um sorriso no rosto, a pequena Anita Bruno Fernandes, de 4 anos, foi a primeira criança do Brasil a participar do projeto Curumim e a receber uma dose da Coronavac, na última sexta-feira (14).

Filha do secretário da Saúde, Nésio Fernandes, e da subsecretária de saúde de Cariacica, Juliana Bruno, Anita sabia o que fazia, mesmo com pouca idade: ajudando a dar doses de esperança a outras crianças. 

“Conversamos muito com ela e com a irmã, Heloísa, 10 anos, que também está participando, sobre a importância de se proteger. Foi um momento emocionante, pois elas foram muito penalizadas pelo isolamento, pelo nosso trabalho durante dois anos de pandemia. O sentimento é de orgulho”, disse a mãe.

Imagem ilustrativa da imagem Vacina Coronavac vai ser testada em 1.280 pessoas
Iolanda Brito foi imunizada há um ano: “Só sentia alívio e segurança” |  Foto: Lucas Sandonato/AT

“Encorajei muita gente”, diz a 1ª a ser imunizada

Dia 18 de janeiro de 2021, há exatamente um ano, a técnica de enfermagem Iolanda Brito, que hoje tem  56 anos, recebia a tão sonhada vacina contra a covid-19, classificada por ela até hoje como a “dose da esperança”.

Ela foi a primeira pessoa no Espírito Santo a receber a vacina, durante uma cerimônia simbólica no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, na Serra, onde ela trabalha até hoje. A cerimônia contou com a presença do governador Renato Casagrande e de diversas autoridades. 

É com muito orgulho, que Iolanda afirma: “Eu encorajei muita gente, como vizinhas e até colegas de trabalho. Claro que algumas pessoas também me disseram que eu era 'doida' e que ficaria doente por causa da vacina”.

Ela ainda contou que algumas pessoas diziam que ela era iria virar jacaré. “Cinco pessoas disseram que eu iria virar jacaré. Elas faziam menção a um comentário do presidente Jair Bolsonaro à época. Essas pessoas acreditavam que eu iria virar jacaré e não virei. Parece brincadeira, mas é isso mesmo”, disse sorrindo.

Mesmo com os comentários, Iolanda salienta que não teve medo de nada. “Só sentia alívio e segurança na vacina, afinal ela salva vidas”, comemorou.

As duas primeiras doses que ela recebeu foram da Coronavac. Já a terceira, de reforço, foi do imunizante da Pfizer. 

“Nesses últimos 12 meses percebi a queda no número de mortes, voltei a encontrar com a minha família e até viajar de avião, mas seguindo rigorosamente todos os protocolos sanitários”.

Um dos destinos foi o Rio de Janeiro por motivos especiais: ver o netinho Estevão, que nasceu em outubro do ano passado, durante a pandemia. “Além disso, no Estado, pude conhecer a minha netinha Alice, que nasceu em maio do ano passado”.

Ela conta que depois da segunda dose da vacina, foi infectada pelo vírus. “Era como uma gripe leve. Penso que se não tivesse imunizada a minha experiência poderia ter sido pior, porque apesar de não ter comorbidades, os sintomas poderiam ser mais graves. Graças a Deus, eu fiquei bem”.

Ao falar das mortes, ela relembra com carinho de pessoas que infelizmente perderam a batalha para a covid-19. “Perdi vários amigos e colegas de trabalho, dois enfermeiros. Tudo isso é muito triste”.

Por fim, ela mandou um recado: “Não deixem de usar máscaras, não abram mão do álcool em gel, de higienizar as mãos. Não aglomerem, pois estamos diante de uma nova cepa (ômicron), mais transmissível. Ainda não vencemos essa guerra. Cada um precisa fazer a sua parte”.


ENTENDA


Projeto Curumim

  • Um grupo de pesquisadores do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam) está testando a eficácia da Coronavac, em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. 
  • O objetivo é verificar a capacidade do imunizante em produzir defesa contra covid e monitorar segurança.
  • Segundo pesquisadores, a pesquisa é importante para incorporar a Coronavac como opção no calendário de vacina em crianças.
  • Além de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo, o projeto tem apoio da Fiocruz/Instituto René Rachou, do Butantan e da Secretaria de Estado da Saúde.

Segurança

  • A vacina já é aplicada em crianças e adolescentes em pelo menos seis países, além de ter estudos  publicados e outros em curso pelo mundo.  
  • Pesquisadores enfatizam que a Coronavac é uma vacina inativada, ou seja, contendo vírus morto. A tecnologia é conhecida e utilizada há anos, com vantagem de ser segura.

Como vai funcionar

  • Serão aplicadas duas doses de vacina com intervalo de 4 semanas. Será coletado sangue antes da aplicação, e também 4 semanas, 3, 6 e 12 meses após a segunda dose.
  • Esse acompanhamento tem o objetivo de saber se as crianças e os adolescentes estão protegidos por células e proteínas de defesa. O monitoramento dos voluntários se dará até um ano após a vacinação. 
  • Uma parte menor do grupo (320 participantes) receberá a vacina da Pfizer para comparações. 
  • Dose da Coronavac aplicada em crianças é a mesma que a de adultos.  

Como participar

  • Poderão participar crianças e adolescentes que ainda não receberam vacina contra Covid-19, independente de terem tido a doença. 
  • Quem tiver interesse, os responsáveis podem acessar o sistema de agendamento on-line https://curumim.es.gov.br/.

Fonte: Projeto Curumim.

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