Turistas elogiam festa dos tapetes
Pelo menos 100 mil pessoas de diversas partes do País visitaram os tapetes de Castelo ontem, segundo a organização do evento
A pandemia da covid-19 interrompeu, por dois anos, a realização da tradicional festa de Corpus Christi em Castelo, no Sul do Espírito Santo.
Os tapetes coloridos voltaram a enfeitar as ruas da cidade ontem e turistas de todas as partes do País elogiaram a beleza e a tradição da fé católica. E este ano, em sua 59ª edição, a festa aconteceu com uma novidade.
Na última quarta-feira foi sancionada a lei n° 11.630/2022, que declarou a festividade como Patrimônio Cultural Imaterial do Espírito Santo.
“A cultura vem mostrando sua força e permanece prevalecendo nas cidades. É de iluminar o coração e só aumenta a vontade de prestigiar”, afirmou a psicóloga Josiane da Silva Lima, 50 anos, que mora em Indaiatuba, interior de São Paulo, e visitou Castelo pela primeira vez.
O aposentado Luiz Francisco Barbosa, de 80 anos, mora em Campos do Goytacazes, no Rio de Janeiro, e sempre visita os tradicionais tapetes.
“Sempre venho e sempre me emociono. É uma festa linda, bem organizada. É uma das mais lindas”, comentou.
O coordenador artístico da festa, Geraldo Vinco, de 71 anos, afirmou à reportagem que a expectativa foi grande para este ano e os voluntários, cerca de três mil, voltaram com “uma vontade imensa de que a festa acontecesse”.
Segundo ele, cerca de 100 mil visitantes, público que superou todos os anos, conferiram os tapetes pelas ruas que circulam a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha, no centro do município.
TEMA
O tema deste ano foi “Eu sou o pão vivo descido do céu”. Para a confecção dos 17 tapetes e das 17 passadeiras foram utilizadas 70 toneladas de material reciclado.
De acordo com Geraldo Vinco, além dos temas eucarísticos, os tapetes abordaram o nascimento de Jesus, o meio ambiente e a pandemia do coronavírus.
As produções contaram com pinturas em palha de café, pedras, areia, flores, folhas e diversos outros objetos reutilizados.
Considerada pela Igreja Católica uma das 10 maiores manifestações religiosas do Brasil, a Festa de Corpus Christi de Castelo teve início em 1963 e é realizada pela Paróquia Nossa Senhora da Penha, em parceria com a prefeitura do município.
MOTOCICLISTAS DA FÉ
Entre os mais de 100 mil fiéis que participaram dos festejos de Corpus Christi na quarta-feira em Castelo, no Sul do Estado, estavam cinco integrantes do clube de motociclistas Flight of Eagles, que enfrentaram mais de 6 horas de estrada para conhecer os famosos tapetes que mostram a fé católica por meio de desenhos eucarísticos.
Ana Tenório, Rafael Alves, Roberto Nunes, Rogério Dias e Patrícia Dias saíram de Vitória rumo ao tradicional evento pela manhã e disseram que o passeio foi de muita adrenalina e paz.
“Não conhecíamos Castelo e foi incrível. Tivemos a ideia, montamos nas motos e fomos. Ano que vem, se Deus quiser, retornaremos”, conta Rogério.
O coordenador artístico da Festa Corpus Christi , Geraldo Vinco, lembrou que “ano que vem será a 60ª edição”. Segundo ele, os preparativos já estão sendo pensados, mas sem tema escolhido.
“Ainda não escolhemos o tema. Mas é trabalho de meses antes”.
Geraldo, que participa da festa desde 1970, contou também que este ano os preparativos para a confecção dos 17 tapetes e 17 passadeiras começaram em abril.
“Em relação aos outros anos, começamos até em cima da hora. A pandemia nos atrapalhou em pouco”.
O coordenador explicou, ainda, que os tapetes de Corpus Christi têm origem portuguesa. Elas chegaram ao Brasil na época da colonização.
Para a Igreja Católica, segundo Geraldo, a prática remete à acolhida de Jesus em Jerusalém, "quando as pessoas cobriram as ruas de ramos e mantos para a passagem do Messias".
“Os tapetes integram o trajeto da procissão com o Santíssimo Sacramento, que para os católicos é a presença de Jesus. O Corpus Christi celebra o Corpo de Cristo e é comemorado em várias cidades através dos tapetes. Neles, fiéis desenham cálices, pães e vinhos, que lembram o sacramento da comunhão”, disse ele.
Voluntários já planejam evento do próximo ano
Os voluntários que prepararam a festa de Corpus Christi deste ano em Castelo já planejam a próxima edição do evento.
O coordenador artístico da festa, Geraldo Vinco, lembrou que ano que vem será a 60ª edição. Segundo ele, os preparativos já estão sendo pensados, mas sem tema escolhido. “Ainda não escolhemos o tema. Mas é trabalho de meses antes”.
Geraldo, que participa da festa desde 1970, contou também que este ano os preparativos para a confecção dos 17 tapetes e 17 passadeiras começaram em abril.
“Em relação aos outros anos, começamos até em cima da hora. A pandemia nos atrapalhou em pouco”, ressaltou.
O coordenador explicou, ainda, que os tapetes de Corpus Christi têm origem portuguesa. Eles chegaram ao Brasil na época da colonização.
Para a Igreja Católica, segundo Geraldo, a prática remete à acolhida de Jesus em Jerusalém, quando as pessoas cobriram as ruas de ramos e mantos para sua passagem.
“Os tapetes integram o trajeto da procissão com o Santíssimo Sacramento, que para os católicos é a presença de Jesus. O Corpus Christi celebra o corpo de Cristo e é comemorado em várias cidades através dos tapetes. Neles, fiéis desenham cálices, pães e vinhos, que lembram o sacramento da comunhão”, explicou.
Este ano, os visitantes também puderam aproveitar outras atrações como a Feira do Agroturismo, Artesanato e Flores, a Praça de Alimentação das Entidades e a Feira de Ambulantes.
* Clóvis Rangel/ De Paula Comunicação
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