Passageiros reclamam de espera de até uma hora e ônibus lotados

| 12/08/2021, 14:01 14:01 h | Atualizado em 12/08/2021, 14:14

Em meio à pandemia de covid-19, com exigências de distanciamento e uso de máscaras, passageiros do Sistema Transcol ainda se queixam de velhos problemas, como a lotação de ônibus nos horários de pico e, ainda, uma espera maior, que chega a durar mais de uma hora.

A reportagem circulou por pontos de ônibus da Grande Vitória na tarde de ontem e a reclamação de passageiros foi que o número de viagens em muitas linhas foi reduzido, aumentando o intervalo entre uma viagem e outra.

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A secretária Bianca Siqueira, de 29 anos, contou que passou a ter de esperar mais pelo ônibus que passa por seu bairro. “A linha 609 (Terminal de Itaparica/Barra do Jucu - circular) passava a cada 40 minutos. Agora, chega a ter intervalo de uma hora e 10 minutos. Demora ainda mais a passar. Quando perco o ônibus das 19h30, só consigo pegar outro às 20h40. Só chego em casa às 21 horas”.

Já a doméstica Luzia Vicente, de 47 anos, disse que é possível perceber que há menos ônibus em circulação, desde o início da pandemia de covid-19.

“A oferta de ônibus ainda não voltou ao normal. A gente tinha ônibus passando mais rápido, mas agora tem demorado mais. A gente chega a esperar mais de 40 minutos pelo ônibus da linha 184 (Mário Cypreste/Jardim da Penha via Maruípe)”, contou.

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Para o consultor de vendas Lisandro Louzada, 42, o número de ônibus em circulação não voltou 100%, pelo que tem percebido no dia a dia. “Os ônibus dentro dos bairros, principalmente, têm demorado mais a passar. Nos fins de semana, isso ainda é mais evidente”, reforçou.

Sobre as queixas, a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES) informou, por nota, que, desde maio, quando ocorreu a ampliação do Transcol, não houve redução na oferta de veículos e nem alterações de itinerário ou quadro de horários.

A Ceturb-ES disse que os intervalos das linhas são definidos de acordo com a demanda de usuários e, aos domingos, é comum a diminuição da demanda.

“Reforça-se que os passageiros podem acessar o aplicativo ÔnibusGV para se planejarem quanto aos horários da linha interessada. As linhas do Sistema Transcol são monitoradas constantemente para que ajustes sejam feitos, visando à melhoria do atendimento”.

“Fica pior no fim de semana”

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Além de uma espera maior pelo transporte coletivo, a cozinheira Claudia Souza da Silva, de 60 anos, ainda tem de enfrentar a dificuldade com a lotação dos ônibus, principalmente pela manhã.

“Pego o 302 (Santo Antônio/Jardim da Penha) para chegar ao trabalho. Nos fins de semana, está mais difícil ainda e a redução das viagens fica mais clara. Como trabalho em um bar da região, se eu perder o ônibus das 17 horas, só consigo pegar outro às 19h”, contou Claudia.

Veículos cheios

A vendedora Andrea Rosa Silva, de 43 anos, e a auxiliar administrativa Nathália Amorim, de 23, pegam o ônibus da linha 527 (T. Carapina/T. Jardim América via Reta da Penha) todos os dias e sentem a diferença no tempo de intervalo entre as viagens.

“É uma linha que passa com uma frequência maior. Antes, era um atrás do outro, a cada 10 minutos. Mas, agora, o tempo entre um e outro aumentou, variando entre 15 e 30 minutos. Além disso, continuam cheios, mesmo na pandemia”, afirmou Nathália.

Demora para chegar em casa

Os aposentados Regina Marta Silva, de 68 anos, e José Carlos Reis, de 69 anos, contam que está cada vez mais difícil ir e voltar para casa, em Joana Darc, em Vitória.

Segundo Regina, as linhas que precisam pegar, como a 331 (Ilha das Caieiras/Praia do Suá) e a 333 (Ilha das Caieiras/Praia do Suá via Jucutuquara), estão com intervalos longos entre as viagens.

“Às vezes, temos de recorrer a transporte de aplicativo, mas até isso está demorando mais. Nos fins de semana, a situação é ainda pior”, relatou.

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