Padre é perseguido por segurança de supermercado e diz que sofreu preconceito

| 21/01/2021, 13:36 13:36 h | Atualizado em 21/01/2021, 13:45

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2021-01/372x236/padre-manoel-david-de-60-anos-9e8a1a10405d8ebfe579f8778b1b09e0/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2021-01%2Fpadre-manoel-david-de-60-anos-9e8a1a10405d8ebfe579f8778b1b09e0.jpeg%3Fxid%3D159340&xid=159340 600w, Padre Manoel David, de 60 anos
Ao entrar em um supermercado de Guarapari para fazer suas compras semanais na tarde de quarta-feira (20), a ação de um segurança deixou o padre Manoel David, de 60 anos, muito incomodado.

Ele conta que estava de bermuda, camiseta e um boné com propagandas de uma loja de material de construção, e desde o momento em que entrou no estabelecimento passou a ser seguido por um segurança do local em todos os passos que dava.

Quando terminou as compras, o padre continuou a circular pelo supermercado de forma proposital, para ter certeza de que estava sendo perseguido. O segurança seguiu o padre até o caixa, e no caixa Manoel avisou que iria pagar a conta e mostrou a ele a identidade sacerdotal.

“Eu sou padre, tenho a identidade sacerdotal. Imagine um cidadão honesto, comum que não pode provar nada. Me senti desrespeitado não por mim, mas por qualquer brasileiro ou brasileira honesto que só por causa da sua roupa ou cor é destratado em diversos lugares, por preconceito”, declarou Manoel.

O padre mora em Guarapari há mais de 15 anos e acredita ter sofrido preconceito pelas roupas que vestia. “Foi pela bermuda, camiseta e boné, além de não ser loiro de olho azul. Ou será porque não tenho porte de turista branco? Isso seria preconceito? Racismo?”, indagou o padre.

O gerente do supermercado informou que tomou conhecimento dos fatos na manhã desta quinta feira (21), e que vai informar a empresa sobre o ocorrido para que a empresa tome as devidas providências.

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