Novidades em cardápios da Rota Imperial
Roteiro que homenageia a monarquia brasileira, em 14 cidades do Espírito Santo, possui restaurantes com pratos e bebidas especiais
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O Palácio Anchieta, em Vitória, é o marco zero de um percurso de 575 quilômetros rumo ao interior do Espírito Santo e de Minas Gerais, até a cidade mineira de Ouro Preto. A Rota Imperial São Pedro D’Alcântara, mais conhecida como a Rota do Imperador, é repleta de histórias, cultura e empreendimentos que unem novidades e tradição em seus cardápios.
Em Domingos Martins, um dos municípios capixabas que compõem o roteiro que homenageia a extração de ouro no Sudeste do País, um restaurante investiu, inclusive, em um prato à base de bacalhau, tipo de peixe tradicional em Portugal, país de origem da família imperial do Brasil.
O Restaurante Lusitânia serve às margens da BR-262, em Pedra Azul, o “Bacalhau à Lusitânia’’. Segundo a chef Luiza de Oliveira Delarmelina, de 33 anos, o prato tem lombo de bacalhau assado, alho e dourado no azeite. Além disso, vem acompanhado de purê de aipim com batatas, cebola, ovos e azeitonas portuguesas.
“Nosso restaurante foi inaugurado pelos meus avós, em 1965. É uma casa de tradição portuguesa, mas que hoje conta com cardápio amplo, para todos os gostos”, afirmou Luiza de Oliveira.
Além da culinária portuguesa, há outras novidades na Rota Imperial, como pratos à base de embutido de porco, cogumelos com queijo francês, cervejas especiais, entre outras opções.
Segundo a professora de História Joana Francisco, a “Rota do Imperador” insere o Espírito Santo no âmbito da Estrada Real, cujos caminhos foram abertos pela Coroa Portuguesa no século XVII, oficializando o trajeto do ouro de Minas Gerais ao Rio de Janeiro, onde o metal precioso encontraria a saída para o mar sem a necessidade do pagamento de impostos.
No entanto, de acordo com a professora, a rota só foi inaugurada mais tarde, em agosto de 1816, quando o declínio da exploração do ouro em Ouro Preto forçou a expansão por novos caminhos.
Segundo a Secretaria de Estado de Turismo (Setur), o roteiro que homenageia a monarquia contempla 31 municípios, sendo 17 em Minas Gerais e 14 no Espírito Santo.
Os municípios capixabas são Cariacica, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Iúna, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Muniz Freire, Viana, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Venda Nova do Imigrante e Vitória.
Rota Imperial São Pedro D’alcântara
Vitória a Ouro Preto
Rota Imperial São Pedro D’alcântara, mais conhecida como a Rota do Imperador, tem o seu marco zero no Palácio Anchieta, em Vitória, e segue até Ouro Preto, em Minas Gerais. No percurso, passa por 14 municípios capixabas e 17 mineiros. Os caminhos da Rota Imperial foram abertos pela Coroa Portuguesa no século XVII, oficializando o trajeto do ouro.
Bebidas e pratos
Cerveja com rapadura
A Cervejaria Aurora, de Venda Nova do Imigrante, lançou, no início deste mês, a Damma Barrel Aged, uma Russian Imperial Stout envelhecida em barrica de carvalho espanhol em parceria com a Cachaça Santa Terezinha. A bebida maturou três meses e compõe um lote limitado.
Idealizada pela mestra cervejeira da Aurora, Eliza Bottacine Dalvi, a Damma é composta por base de RIS, afinada em melodia aveludada com rapadura. O resultado é um sabor que harmoniza chocolate, toffee, café, cana-de-açúcar e frutas secas.
Cogumelos recheados com queijo francês
Também em Pedra Azul, a aposta do Restaurante Cordillera Mar e Fuego, especializado em frutos do mar e Parrilla Argentina, é um prato de cogumelos recheados com queijo camembert, originário da França, acompanhados de salada com tomates secos.
Segundo o chef Paulo Roberto Buzon Lopes (foto), os materiais são da região serrana. “Os cogumelos são do tipo Portobello e colhidos na hora do preparo. Por aqui temos muitos cultivadores de cogumelos. Os tomates secos são de Venda Nova do Imigrante”.
Flor de socol
Na Cervejaria Azzurra, em Pedra Azul, a novidade é a “Flor de Socol”. A receita é feita do embutido de porco, prato típico nas montanhas capixabas. “Socol é item certo nas mesas dos descendentes italianos”, disse o diretor comercial da cervejaria, Thalles Guimarães.
A Cervejaria Aruzza funciona há quatro anos e produz 10 rótulos de cervejas. “Usamos insumos da região. A que mais sai é a Kölsch, cerveja leve, parecida com a Pilsen”, afirmou.
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