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Cidades

Medo e falta de experiências devem marcar “geração covid”

Esta geração já está sendo chamada de “geração C”


A pandemia afetou adultos e crianças de muitas maneiras. Os efeitos disso já estão sendo observados e estudados por especialistas. 

Uma das preocupações é com as crianças que tiveram o desenvolvimento da primeira infância ou nasceram em meio ao isolamento social e às restrições impostas em função do  novo coronavírus. Esta geração já está sendo chamada de “geração C” ou  “geração covid”.  

O receio é de que o medo da doença, do contato social e a falta de experiências  tragam prejuízos  a essas crianças   no futuro. 

“Vemos o sentimento de medo e angústia que o vírus trouxe para dentro dos lares. Pais inseguros geram crianças inseguras. O fato de estas crianças terem ficado muito tempo em casa, longe das escolas, também contribuiu para essa proximidade e dependência maior dos pais”, ponderou a psicopedagoga Mônica Monteiro.  

O escritor e  consultor de carreira com foco em gerações Sidnei Oliveira prevê que  os efeitos da pandemia nesta geração serão percebidos em cerca de 15 anos. “Mas  observo com bastante atenção e preocupação a conexão  forte  que estas crianças têm com equipamentos, as telas. Elas estão se alienando muito cedo”.  

Sidnei lembra que esse tipo de preocupação também aconteceu quando surgiu a televisão.

“O problema  é que  as telas, hoje,  são individualizadas e muito interativas.   Temo que se as crianças  ficarem com essa dependência cognitiva, em que não precisam nem pensar,  porque o  sistema   pensa por  elas, vamos ver uma geração cada vez mais frágil”, destaca.

“Se fosse brincar  com  nomes, não chamaria de 'geração C, de covid', mas sim de 'C, de cristal', que é bela, elegante, mas que quebra com facilidade”, compara.

Na avaliação do terapeuta familiar Cláudio Miranda, colunista de  A Tribuna, os reflexos comportamentais de dependência vão depender da  relação  com a família. “Os maiores indicadores do problema são a  relação de superproteção e os medos por parte dos pais”, cita.

Para ajudar os pais  a  perceberem  se  estão criando filhos para serem mais independentes, o terapeuta preparou um teste exclusivo para os leitores de A Tribuna (faça abaixo).

Pequenas conquistas

Imagem ilustrativa da imagem Medo e falta de experiências devem marcar  “geração covid”
Giovanna e Thiago com a filha Bia |  Foto: Thiago Vieira

A pequena Bia Rezende Degli Esposti tem 7 meses e, assim como muitos de sua geração, demorou a ter contato com outras pessoas, além de seus pais, a médica Giovanna Rezende Degli Esposti, 38, e o dentista Thiago  Degli Esposti,  42.

O casal teme que as consequências do isolamento social e o impacto da pandemia tenham reflexos no desenvolvimento social da filha.

“Sempre estou estudando, escutando especialistas, e já faço algumas coisas para que ela desenvolva autonomia, desde já. De acordo com cada fase da criança, há formas de ela fazer pequenas conquistas de independência. Acho importante estimular”, diz Giovanna.

FAÇA O TESTE!

Instruções

Analise as situações do dia a dia junto com seu filho e responda, sinceramente.

1 - Quando vê que seu filho não está conseguindo realizar uma tarefa nova, você consegue deixá-lo fazer as tentativas mesmo que, ao final, ele não consiga?

( ) Sim

( ) Em parte

( ) Não

2 - Você consegue perceber que o conflito e as crises no lar fazem parte do crescimento da família e que o erro é o caminho para o acerto?

( ) Sim

( ) Em parte

( ) Não

 3 - Existem para os seus filhos determinadas obrigações e tarefas domésticas a serem cumpridas no dia a dia?

( ) Sim

( ) Em parte

( ) Não

 4 - Quando seu filho desobedece a uma ordem ou não cumpre uma regra colocada, você aplica-lhe algum tipo de castigo ou perda de vantagens?

( ) Sim

( ) Em parte

( ) Não

5 - Existem na sua família momentos de silêncio, introspecção e oração coletiva?

( ) Sim

( ) Em parte

( ) Não

6 - Quando quer ensinar autonomia ao seu filho você o deixa experimentar sozinho uma situação sem fazer interrupções que impeçam seu aprendizado?

( ) Sim

( ) Em parte

( ) Não

7 - Você consegue resolver os problemas do cotidiano da casa e da família sem nervosismo e xingamentos com seu filho?

( ) Sim

( ) Em parte

( ) Não

8 - O  computador, a televisão, o videogame e o celular têm um tempo previsto de uso pelo seu filho, de modo que possam realizar outras atividades também?

( ) Sim

( ) Em parte

( ) Não

9 - Você consegue não presentear o seu filho com coisas que ele não tem necessidade, mesmo quando te pede com insistência?

( ) Sim

( ) Em parte

( ) Não

10 - Quando o seu filho fracassa num teste ou perde uma oportunidade valiosa de sucesso, você consegue não impedir que ele sofra e aprenda uma lição?

( ) Sim

( ) Em parte

( ) Não

RESULTADO

Some os pontos das suas respostas, considerando que:

SIM: vale 3 pontos

EM PARTE: 1 ponto

NÃO: nenhum ponto.

Até 10 pontos

Parece que ainda não cria seus filhos com a devida autonomia. Faça menos sombra sobre eles. Sua superproteção poderá torná-los adultos frágeis e inseguros. Sofrer um pouco faz parte do aprendizado.   

11 a 20 pontos

Você já demonstra segurança e consciência no papel que está desempenhando na criação de seus filhos, mas ainda precisa soltá-los mais. Aprimore a sua capacidade de deixá-los se levantar sozinhos quando caírem.

21 a 30 pontos

Parabéns! Você parece ter aprendido que sofrer faz parte do crescimento e fortalecimento do seu filho como pessoa. Continue assim e ele será um adulto independente e autoconfiante!

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