Golpes pela internet fazem 45 vítimas todo dia no Espírito Santo
Vila Velha, Vitória, Serra, Cariacica, Cachoeiro e Guarapari lideram o ranking dos municípios com maior número de registros
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Infiltrados no mundo virtual e esperando o momento para dar o bote certeiro, criminosos já aplicaram golpes na internet em 13.962 vítimas no Estado, o que equivale a uma média de 45 pessoas por dia. Vila Velha, Vitória, Serra, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari, São Mateus, Linhares, Colatina e Aracruz lideram o ranking dos municípios com maior número de registros.
Os dados, do Painel Crimes Contra o Patrimônio, desenvolvido pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), trazem ocorrências registradas de janeiro até o mês passado.
Os números são crescentes. Somente no ano passado, de janeiro até dezembro, 11.869 pessoas foram vítimas de golpes na internet, sendo 8.966 até outubro.
O titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade, contou que o Instagram hackeado é um dos principais golpes cometidos.
O vigarista se passa pelo titular da conta e pede dinheiro. Para isso, o Instagram da vítima é hackeado e o golpista muda o nome da conta.
Clonagem do WhatsApp também é um crime que continua em alta. Golpistas têm acesso aos anúncios e ao número de telefone dos anunciantes, por meio de sites de compra e venda. Eles se passam por funcionários dos sites e solicitam um código para ativar o anúncio à vítima que anunciou um produto. Trata-se do código de verificação do WhatsApp.
A vítima perde o acesso ao aplicativo após digitar o código, pois os criminosos ativam a conta do WhatsApp de determinada pessoa em outro aparelho celular. Por meio dessa ativação, eles recuperam as conversas do histórico, acessam os contatos e pedem dinheiro aos parentes e amigos da vítima em nome dela.
Outra estratégia usada é criar um perfil no aplicativo de mensagens com fotos roubadas das redes sociais. O golpista começa a conversa com um amigo ou parente da pessoa que está na foto e diz que trocou de número. Em seguida, inventa uma desculpa e pede dinheiro.
Outros golpes apontados foram do falso emprego, falso empréstimo, vendas de produtos fantasmas, entre outros.
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