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Cidades

Especialistas preveem aumento da obesidade

Novo estudo feito no País por pesquisadores de várias universidades aponta que, em 8 anos, 68% dos brasileiros vão estar acima do peso


“Comida de verdade”. Nunca se utilizou tanto esse termo nas redes sociais. Mas, será que toda comida não é de verdade? Muitos utilizam essa expressão para se referir aos alimentos mais naturais.

O consumo dos produtos ultraprocessados, que passaram por um alto nível de industrialização, tem gerado uma preocupação nos especialistas, que preveem aumento da obesidade no Brasil. 

Dados do estudo “A epidemia de obesidade e as DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis) – Causas, custos e sobrecarga no SUS” mostram que, dentro de oito anos, 68% dos brasileiros poderão estar com excesso de peso, o que significa sete em cada 10 pessoas.

O estudo, realizado por uma equipe formada por 17 pesquisadores de várias universidades do Brasil e uma do Chile, registra que a prevalência do excesso de peso aumentou de 42,6%, em 2006, para 55,4%, em 2019. Já a obesidade saltou de 11,8% para 20,3% no mesmo período.

Para o médico nutrólogo Roger Bongestab, a previsão dada pelo estudo deve crescer, já que as doenças crônicas estão aumentando, por vários motivos.

“Primeiro, estamos tendo uma longevidade maior da população e, com isso, aumenta o número de pessoas e doenças proporcionais a elas. Só que essas doenças são proporcionais aos hábitos de vida, e a sociedade atual é lotada de hábitos de vida não saudáveis”, destaca.

O médico pontua ainda que já existe a alquimia da longevidade saudável, que é alimentação equilibrada e atividade física.

A médica Talita Fernandes alerta que há ainda quem ache que a obesidade é uma questão de estética. “Não veem a obesidade como doença crônica inflamatória, e não sabem que ela pode levar a outras doenças crônicas, como hipertensão e diabetes”.

A médica nutróloga Mariana Comério ressalta que, hoje, existe muita oferta de alimentos ultraprocessados, como chips, biscoitos recheados e chocolates.

“Hoje, há uma oferta muito prática, que está mais barata, mas não tem qualidade alimentar nutritiva. No mundo atual, de muita correria, as pessoas buscam pelo alimento mais prático e não levam em consideração o bem ou o mal que esse alimento causa”.

Mariana defende investimento em uma política pública voltada para conscientizar a população sobre o que é mais saudável.

Imagem ilustrativa da imagem Especialistas preveem aumento da obesidade
Akemi Nomura conseguiu eliminar 38 quilos com reeducação alimentar e atividades físicas |  Foto: Lucas Sandonato/AT

“Mudei meu estilo de vida”

Foi por meio de reeducação alimentar e de atividades físicas que a servidora pública Akemi Nomura, 43, conseguiu eliminar 38 quilos. 

Atualmente pesando 89 quilos, Akemi conta que o processo de emagrecimento começou a partir do momento em que entendeu os gatilhos que levavam à compulsão alimentar. 

“Comecei também meu acompanhamento com nutrólogo. Mudei meu estilo de vida e reaprendi a ter uma outra relação com a comida”.


SAIBA MAIS


Estudo

  • Dados do estudo “A epidemia de obesidade e as DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis) – Causas, custos e sobrecarga no SUS” mostram que 68% dos brasileiros poderão estar com excesso de peso dentro de 8 anos, em 2030, o que representa 7 em cada 10 pessoas.
  • Realizado por uma equipe formada por 17 pesquisadores de várias universidades do Brasil e uma do Chile, o levantamento registra que a prevalência do excesso de peso aumentou de 42,6%, em 2006, para 55,4%, em 2019. Já a obesidade saltou de 11,8% para 20,3% no mesmo período.

Riscos

  • Os dados revelam que o risco associado de diversas DCNT é o mais preocupante e pode levar a consequências impactantes para o Sistema Único de Saúde (SUS). O acúmulo excessivo de gordura corporal está associado ao aumento no risco de mais de 30 doenças crônicas não transmissíveis, em maior ou menor grau.

Causas

  • As DCNT são causadas por diversos fatores de risco, podem ficar um longo período ocultas e afetam pessoas por muitos anos, podendo resultar em incapacidades funcionais. As doenças cardiovasculares, as respiratórias crônicas, as neoplasias (cânceres) e o diabetes mellitus são exemplos de DCNT.

Políticas públicas

  • Uma das estratégias sugeridas no estudo são a adoção de políticas públicas e de ações voltadas à redução do consumo de alimentos ultraprocessados. 
  • A tributação desses tipos de alimentos, informação nutricional mais clara e simples no rótulo, restrição para marketing e publicidade desses produtos são exemplos dessas ações de âmbitos social e coletivo.

Custo e sobrecarga no SUS

  • Estar com sobrepeso e obesidade também tem custo e sobrecarga para o SUS: somente em 2019, o gasto direto com DCNT no País atingiu R$ 6,8 bilhões. 
  • O grupo de pesquisadores do estudo estimou que 22% desse valor (R$ 1,5 bilhão) podem ser atribuídos ao excesso de peso e à obesidade, com custos um pouco mais elevados em mulheres (R$ 762 milhões) do que nos homens (R$ 730 milhões).

Recomendações

  • Especialistas indicam uma alimentação mais in natura ou minimamente processada; evitar o consumo de ultraprocessados; fazer compras em feiras e praticar atividades físicas.

Fonte: Agência Brasil e especialistas consultados.

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