Doações de água e sabão e até pia nas ruas contra o coronavírus

| 31/03/2020, 19:13 19:13 h | Atualizado em 31/03/2020, 19:13

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-03/372x236/sedu-pia-na-calcada-984679c2f56cf82f753ff2aafee48839/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-03%2Fsedu-pia-na-calcada-984679c2f56cf82f753ff2aafee48839.jpg%3Fxid%3D115642&xid=115642 600w, Secretaria de Educação colocou uma pia na calçada para que os pedestres pudessem lavar as suas mãos

As autoridades de saúde alertam: mais importante do que o álcool em gel 70% é lavar bem as mãos, com água e sabão, por pelo menos 20 segundos. Criando este hábito, procurando lavar entre os dedos, palma e punho, as chances de evitar contaminação pelo coronavírus aumentam.

E foi pensando deste modo que diversas iniciativas solidárias estão sendo criadas para incentivar as pessoas a lavar as mãos, principalmente quando se está fora de casa.

Na Praia do Suá, a Secretaria de Estado de Educação fez uma adaptação: colocou duas pias, sendo uma para a calçada da Avenida Cézar Hilal e outra para a rua dos fundos, para que as pessoas – que por ali passassem – pudessem fazer a sua higienização das mãos. As pias foram instaladas por presos do regime semiaberto, que desenvolvem atividades na secretaria.

“O objetivo dessa ação é possibilitar à população, principalmente a que está em situação de rua, o acesso aos itens de higiene, uma vez que estão em situação de maior vulnerabilidade social”, explicou a secretária de Estado de Gestão e Recursos Humanos, Lenise Loureiro.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-03/372x236/sabao-e-agua-56897c7049c9a4da264960712a8625a8/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-03%2Fsabao-e-agua-56897c7049c9a4da264960712a8625a8.jpg%3Fxid%3D115643&xid=115643 600w, Kit feito pelo portuário Carlos Eduardo e sua esposa
As ações de solidariedade também têm sido tomadas por “cidadãos comuns”. Em Jucutuquara, um cidadão improvisou duas garrafas pet, com água e sabão, fazendo uma espécie de torneira, para que os moradores de rua pudessem lavar as suas mãos. “Uma atitude simples que pode salvar vidas”, contou Niel, morador da região.

Em Serra-Sede, uma moradora fez pedaços de sabão em barra para distribuir entre os vizinhos. “Essa doença é perigosa”, disse a moradora, enquanto distribuía o produto.

Já o trabalhador portuário Carlos Eduardo Santos, morador de Jardim Camburi, em Vitória, contou que ele e a esposa produziram ao menos 10 kits (com garrafas pets de água e de sabão), para distribuir para quem mora ou recolhe materiais recicláveis das ruas.

“Me senti tocado diante desta situação, porque todos precisamos ter higiene e nos proteger. Não é o ideal, mas é o que podemos fazer neste momento. Se mais gente pudesse ajudar, estas pessoas poderiam estar mais protegidas”, contou.
 

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