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Cidades

“Crianças precisam ter suas experiências e frustrações”, diz especialista

Os filhos aprendem a ter autonomia e ser independentes a partir das regras e dos limites impostos pelos pais, dizem especialistas


Para aprender, é necessário vivenciar experiências. É o que defendem especialistas sobre ensinar filhos a serem mais independentes e autoconfiantes.

“Educar bem os filhos é um desafio para todos os pais. É comum ter dúvida e insegurança de como lidar. Mas, com o receio de ver o filho sofrer, os pais acabam fazendo e se doando demais para eles. Crianças precisam ter suas experiências e frustrações para aprenderem a ser independentes”, orienta o terapeuta familiar Cláudio Miranda.

Também psicopedagogo e colunista do jornal A Tribuna, Cláudio esclarece que a base da independência e da autonomia dos filhos é a responsabilidade. “Ela é construída com regras e disciplinas bem estabelecidas”. 

 

Imagem ilustrativa da imagem “Crianças precisam ter suas experiências e frustrações”, diz especialista
Cláudio Miranda: “Educar bem os filhos é um desafio para todos os pais. É comum ter dúvida e insegurança de como lidar. Mas, com o receio de ver o filho sofrer, os pais acabam se doando demais para eles” |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

A pediatra Karoliny Veronese frisa que os pais devem  saber guiar os filhos para que eles possam trilhar os seus próprios caminhos. 

“Porém, não podemos caminhar pelo caminho deles. Quando essa dependência ultrapassa os limites da tolerabilidade, torna a criança ou o adolescente  um adulto inseguro, incapaz de tomar suas próprias decisões”, observa.

“Não podemos impedir nossos filhos de errarem, mas podemos ajudá-los a aprender com seus próprios erros”, diz Karoliny.

Para a psicóloga Talita Espíndula, especialista em crianças e educadora parental, a infância é um laboratório e as crianças aprendem sobre o mundo por meio das experiências, de tentativas, erros e acertos. 

“Vemos crianças inseguras para cometer erros, para experimentar. A gente precisa proporcionar um ambiente fértil para que as crianças e os adolescentes possam desenvolver sua autonomia e aprender com erros”, defende. 

A psicóloga clínica e comportamental Osmarina Vyel salienta  que a maturidade é desenvolvida quando se experimenta a vida  e se supera a cada dia. “Os exageros podem ocorrer quando os pais sobrecarregam as crianças com funções que vão além de sua capacidade emocional e física. Educar significa ser estratégico, pensando sempre nas atitudes futuras”. 

Já a especialista em Educação Janaína Spolidorio cita que a culpa dos pais pode atrapalhar o desenvolvimento da autoconfiança e independência dos filhos.

“Ao se sentirem culpados por não saberem lidar com determinadas situações, como não passar muito tempo com a criança e impor limites, eles compensam superprotegendo”, comenta. 

O conselho da psicopedagoga Mônica Monteiro é que é preciso ser leve na maternidade ou paternidade. “Permita, aos poucos, oportunidades de escolhas e responsabilidades para seus filhos. Além disso, escute com muita atenção cada fala de seu filho”.  

Dicas para estimular a autonomia dos filhos

1 Dê o exemplo

Os filhos aprendem muito com o exemplo. Se quer um filho independente, que seja autônomo e resolutivo, é importante que os pais tenham essas características. Dê exemplos de responsabilidades e independência com suas atitudes.

2 Determine tarefas 

Delegue e distribua tarefas dentro de casa para todos. Supervisione, estimulando a fazer sempre o melhor. Uma dica é montar uma tabela com tarefas da casa e entregue, para cada um na família, inclusive para as crianças ou adolescentes. Isso gera senso de autoconfiança e responsabilidade.

3 Ensine a cuidar do que é dele

Desde pequenas, a autonomia das crianças deve ser desenvolvida. Elas devem aprender a cuidar de si mesmas e de seus materiais. Ensine e incentive a usar garfo e faca  à mesa e deixe que ela se vista sozinha, por exemplo. 

Uma boa dica é cuidar dos próprios brinquedos e do animal de estimação. Mas, é importante deixar claro que aquela tarefa é da criança, e ela está recebendo ajuda, e não o contrário.

4 Crie uma rotina 

Ter uma rotina organizada e conhecida estimula a própria criança a realizar tarefas sozinhas, como preparar o material do dia para a escola, tomar banho na hora, se preparar para atividades extras, entre outras. No entanto, mesmo que a criança faça sozinha, é necessário supervisão e incentivo para que ela se sinta confiante e tente ser cada vez mais independente.

6 Não resolva por ele

Os pais têm o impulso de fazer para o filho aquilo que ele tem total capacidade para fazer. 

Os pais devem ensinar a fazer e esperar que a criança  quebre a cabeça, se vire até aprender, ou então até que   peça ajuda.

Seja a  lição de casa, calçar o sapato, encontrar algo no quarto e até resolver um problema com os colegas,  é preciso deixar que o filho tente resolver sozinho. Deixe que ele enfrente as  dificuldade e apenas incentive dizendo que será capaz de resolver. Tente não dar soluções.

7 Oportunidade de escolha

Dê oportunidades para que a criança escolha o que quer, sempre que for possível. Seja uma fruta para o lanche, que roupa  vestir para um passeio, se prefere ficar em casa ou ir àquele jantar na casa dos amigos dos pais, no caso dos adolescentes. Tente não criticar as escolhas. Para as crianças menores, uma dica é reduzir as opções na hora de escolher. 

8 Estimule novas atividades

Permitir que os filhos experimentem algo novo, ajuda a encorajar a autoconfiança e a independência.

 Mostre que está sempre por perto para dar suporte se precisar. 

Uma dica é que supere um pouco o medo normal da paternidade e maternidade e deixe a criança se virar sozinha um pouco. Permita que ela vá dormir fora de casa, por exemplo, sem você.  Perder essa dependência é essencial. 

9 Escute e converse

Exercite a escuta ativa. Não apenas ouvir, mas escutar com   atenção cada fala da criança e validar as ideias. Não zombe, não diga que é bobagem, só escute com curiosidade, isso trabalha a autoconfiança.  

Converse sobre a identidade da família, conte histórias sobre você, isso estreita os laços e gera autoconhecimento. Nesses momentos, deixe o celular e outras interferências de lado. Converse sobre problemas ocorridos e encontrem juntos formas de superá-los. 

10 Coloque limites

Limite o tempo em computadores, televisão, tablets e celulares  em todas as idades. O excesso de eletrônicos, além de trazer prejuízos à saúde física, abala a autoestima e autoconfiança de crianças e adolescentes. Com o tempo longe das telas, os filhos podem fazer outras atividades que ajudam a desenvolver a independência e autoconfiança. 

Fonte: Especialistas consultados.

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