Com faixas e orações, fiéis fazem protesto a favor de sino em igreja
O protesto teve início às 17h30, no pátio da Matriz Nossa Senhora da Conceição, no Centro Guarapari
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Católicos, evangélicos e espíritas se reunião na tarde desta quinta-feira, na frente da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no Centro de Guarapari, para protestar a favor do sino da igreja. Um morador da cidade entrou com uma ação no Ministério Público para que o volume das batidas dos sinos seja averiguado, já que ele considera o volume muito alto, o que estava incomodando sua família.
Cerca de 400 fiés estavam presentes com cartazes com a frase #SouAFavorDoSino. O pároco, padre Diego Carvalho agradeceu a presença de todos e ressaltou estar muito feliz em ter o apoio dos evangélicos e espíritas.
"Quero agredecer a todos que estão presentes de maneira especial, a presença do pastor Raphael Abdalla, da 1ª Igreja Batista em Guarapari. Quero agradecer também aos demais pastores presentes cujos nomes eu não sei de có, mas estão no meu coração e nas minhas orações e aos espíritas", declarou.
O pároco pediu ainda que as pessoas pensassem mais umas nas outras. "Não agridam quem pensa diferente de vocês. Nós mostramos que somos cristãos quando nós respeitamos quem pensa diferente da gente".
Logo após, os fiés participaram da Benção da paz dentro da paróquia. O protesto teve início às 17h30, no pátio da Matriz Nossa Senhora da Conceição, no Centro Guarapari.

O professor David Pereira, de 34 anos, que mora há poucos quarteirões da igreja marcou presença no ato a favor do sino, e declara que nunca encontrou um vizinho reclamando do barulho das badaladas.
"O sino não nos incomoda em momento algum do dia. Os vizinhos da igreja são a favor do sino. Eu nunca acordei com o barulho do sino. Os carros e as motos barulhentas causam um barulho muito alto, o sino não", disse ele.
Para o pastor Raphael Abdalla, da 1ª Igreja Batista de Guarapari, fazer parte do movimento a favor do sino é um ato de amor ao próximo.
"A tradição do sino dos nossos irmãos católicos é uma tradição milenar e ela não pode ser atrapalhada sob hipótese alguma. Atrapalhar a tradição do sino é condenar uma sociedade a ruína, porque uma sociedade sem tradição está fadada ao fracasso. É uma questão de liberdade de crença e nós precisamos nos posicionar",
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