Com escolta da PM, família garante transplante de coração de menino de 2 anos
Os pais de Heitor Stevanatto Lima estavam no Guarujá, litoral de São Paulo, quando receberam a notícia que tinham duas horas e meia para chegarem ao Instituto do Coração (Incor), na capital paulista, onde o menino estava internado.
O caso aconteceu no início do ano, mas ganhou repercussão no último domingo (2), após a divulgação do vídeo pela Polícia Militar do Estado de São Paulo.
O casal pegou a estrada rumo à capital paulista, mas como era dia 2 de janeiro, se deparou com um grande congestionamento típico do pós Réveillon e da temporada de verão.
Foi quando a família viu uma viatura estacionada no km 274 da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, parou e pediu ajuda. O pai do menino, Renato Lima, de 45 anos, disse que temia não chegar a tempo para o transplante de coração, pois o menino já estava há mais de 2 meses e meio na fila. "Ficamos desesperados. Estava um trânsito horrível para subir, tudo parado, veio aquele medo de dar tudo errado", disse o massoterapeuta.
"Eles estavam muito alterados, chorando muito. Acalmei os dois e solicitei o apoio da Rocam", contou a soldado Castilha ao G1.
Um cabo e três soldados se deslocaram para auxiliar a família e abriram caminho pela rodovia até o hospital. "O sentimento é imensurável. Só quem tem um filho sabe. Ajudar essa família deu aquele sentimento de dever cumprido e é isso que nos dá força para cada dia continuar nos dedicando ao nosso trabalho", disse o soldado Renno à reportagem.
"Se não fosse a Polícia Militar, não tínhamos chego em tempo recorde. Eles permitiram que tudo fosse possível. Foi uma emoção muito forte ter esse apoio. O momento foi algo cinematográfico. Não há como descrever. Deu tudo certo e agora o Heitor tem um mês e dois dias de transplantado, estando cada dia melhor e com previsão de estar em casa em até um mês. É uma felicidade indescritível", comemorou Renato.
Veja o vídeo:
Heitor nasceu com atresia tricúspide, uma má formação que afeta a circulação do sangue no coração. Nos seus dois anos de vida, Heitor passou por alguns procedimentos cirúrgicos para ter qualidadede vida, mas depois, passou a apresentar pioras e entrou na fila do transplante.