24 horas sem ônibus em Cachoeiro de Itapemirim

| 25/05/2020, 22:38 22:38 h | Atualizado em 25/05/2020, 22:39

Sem aviso prévio, a população de Cachoeiro de Itapemirim foi surpreendida pela falta de ônibus nesta segunda-feira (25). É que os motoristas resolveram cruzar os braços e impediram a saída dos veículos da garagem da Viação Flecha Branca, que integra o Consórcio Novotrans, responsável pelo transporte urbano.

A paralisação teve início às 4 horas em função de atraso no pagamento dos salários e se estendeu durante todo dia. Os funcionários decidiram suspender a paralisação à noite, mas os ônibus só retornam hoje.

O Sindicato dos Motoristas de Cachoeiro (Sindimotoristas) afirmou que a paralisação foi de iniciativa da categoria e não teve organização da instituição sindical.

Segundo o presidente do Sindimotoristas, Elias Brito Spoladore, a volta do serviço foi decidida em assembleia dos funcionários no final da tarde. Mais cedo, ocorreu teleconferência com o Ministério Público do Trabalho (MPT).

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-04/0x0/comercio-cachoeiro-de-itapemirim-44023836a17538c7a7930e78d962436e/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-04%2Fcomercio-cachoeiro-de-itapemirim-44023836a17538c7a7930e78d962436e.jpg%3Fxid%3D123730&xid=123730 600w, Comércio em Cachoeiro de Itapemirim

O MPT estipulou prazo para que até sexta-feira, às 14 horas, a Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agersa), que regulamenta o serviço de transporte público, e a Viação apresentassem um plano de pagamento dos salários atrasados.

Segundo o sindicato, a empresa está devendo aos funcionários uma parte do salário de março – 40% foram pagos na sexta e o salário integral de abril.

Quanto ao salário de maio, a viação legalmente tem até o quinto dia útil de junho para quitar, por isso ainda não é considerado em atraso.

A concessionária deve ainda 50% do valor do ticket alimentação de março e o valor integral dos meses de abril e maio. O ticket deveria ter sido pago no dia 22. O vale de maio também está em atraso.

Por meio de nota, a empresa afirmou que a paralisação foi ilegal, com fortes indícios de cunho político e criando um estado de total insegurança jurídica na relação de trabalho, o que necessitou de participação do Ministério Público do Trabalho como mediador.
--

SUGERIMOS PARA VOCÊ: