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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Carnaval tem raízes psicológicas, sociais e culturais

| 11/02/2020, 08:37 08:37 h | Atualizado em 11/02/2020, 08:41

O Carnaval é uma grande festa popular, vivenciada na alma do povo, revelando profundos sentimentos. As músicas de Carnaval e os sambas de enredo das escolas de samba, elaborados por verdadeiros poetas, são reconhecidos e exaltados.

A criatividade e o romantismo, transformam a melodia em expressão popular de alegria, amor e devaneio espiritual.

Carnaval tem raízes psicológicas, sociais e culturais. Período em que o povo exprime emoções, incentiva fantasias, extravasa sentimentos de felicidade. Através das músicas revela alegria, felicidade e sonhos.

Por muito tempo visto como espaço livre de tensões, o Carnaval, em suas variadas formas, é compreendido atualmente como um eixo importante de articulações e diálogos entre múltiplas áreas do saber.

Tradicionalmente relacionadas com as manifestações populares, as festas carnavalescas possuem dinâmicas que ultrapassam limitações conceituais e se apresentam como lugares privilegiados para a compreensão e discussão de importantes questões de contemporaneidade.

O Carnaval pode e deve ser compreendido como expressão da cultura popular em seu significado mais atual.

Não a cultura “feita pelo povo”, ou a cultura “feita para o povo”, mas a cultura que se estabelece dinamicamente além das institucionalizações.

Uma cultura que consome e se oferece ao consumo e que, neste movimento, produz práticas que estabelecem continuamente, perguntas, desejos e respostas.

Assumindo novas formas, preenchendo vazios, invadindo espaços, reinventando constantemente novos significados para antigas tradições, ou novas tradições para antigos significados.

Após a colonização, o Carnaval brasileiro tornou-se independente dos festejos de sabor africano e dos bailes de máscaras realizados na Europa pelos portugueses, de onde teria se originado.

O Carnaval brasileiro adquiriu personalidade como cultura do seu povo. Vieram os sambas, as marchas e os frevos, ensaiando e divulgando o comportamento, e os sentimentos da população.

Os blocos, os bailes nos clubes e nas grandes associações, e as escolas de samba, se difundiram pelo País, com destaque para os bailes do Municipal, do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.
Em Vitória, os bailes do Saldanha da Gama, do Clube Vitória, Álvares Cabral, e do Libanês, na Praia da Costa, em Vila Velha.

Temos verdadeiros monstros sagrados da música popular brasileira.

Zé Keti fez um poema dificilmente igualado: “Tanto riso, Oh! quanta alegria,(...) Vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é Carnaval”. Benedito Lacerda e Mario Lago com pérolas do maior significado afetivo: “Oh jardineira, por que estais tão triste?”. E, “Se você fosse sincera, Aurora”.

Vivamos o nosso Carnaval. Comecemos pelo capixaba, com os desfiles das nossas escolas de samba no Sambão do Povo, com tudo que temos direito. Carnaval é cultura! Ou alguém duvida?

Manoel Goes Neto é presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha e diretor no IHGES

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