Campeões da Ufes abriram mão até das redes sociais

|  Foto: Beto Morais/AT

Deixar de sair com amigos, abrir mão de atividades de lazer e até mesmo deletar redes sociais. Essas são algumas medidas que estudantes de escolas da Grande Vitória adotaram para conseguir a aprovação no vestibular mais concorrido do Estado.

Os campeões da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) revelaram os segredos do sucesso e a rotina de estudos que estabeleceram antes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Um deles é o João Pedro Sarcinelli Chagas, de 18 anos, estudante do Centro Educacional Leonardo Da Vinci. Ele revelou que abriu mão de navegar em aplicativos como Twitter, Facebook e Instagram.

“Apaguei todos esses aplicativos porque isso consome o tempo e tira o foco. Tomei essa decisão no início de 2019 e não me arrependo”, afirmou o jovem, que foi aprovado em 6º lugar no curso de Medicina.

Na tarde de quarta-feira (29), ele, com os colegas Guilherme Dayrell Cruz Soares, de 18 anos (2º em Engenharia Mecânica), Matheus Zon Murad, 18 (5º em Engenharia Mecânica), João Flávio Figueiredo, 17 (1º em Direito) e Clara Batista Biasutti, 17 (7º em Engenharia Civil), se reuniram na escola, onde pintaram os rostos, braços e comemoraram os resultados obtidos.

“Moderei o uso das redes sociais. A pessoa precisa determinar o foco e não desanimar. Também deixei de sair com amigos muitas vezes. Força de vontade é essencial para o resultado”, disse Clara.

Já João Flávio destacou que, além de estudar em período integral na escola, realizava atividades complementares e até viagens culturais como forma de agregar no conhecimento. “Tudo é importante como aprendizado”.

No cursinho Madan, o momento também é de comemoração. O diretor pedagógico Daniel Rojas contou que pelo menos cinco alunos passaram em primeiro lugar em cursos de várias universidades do País. Revelou também que outros alunos obtiveram pontuações expressivas nessas instituições.

“Temos uma proposta diferente, nossas turmas têm no máximo 40 alunos. Dessa forma conseguimos nos dedicar totalmente a eles. Nosso objetivo não é quantidade, mas a qualidade do ensino”, disse.

O estudante Christian Junji, de 17 anos |  Foto: Divulgação

12 horas de estudos

Determinação foi a palavra-chave para o estudante Christian Junji, de 17 anos, que ficou na 1ª colocação em Ciência da Computação na Ufes.

Ele chegou a deixar de lado algumas atividades, como tocar guitarra, para poder se dedicar mais aos livros e às apostilas.

“Cheguei a passar 12 horas por dia estudando, e já deixei de sair com os amigos. Estou muito feliz com o resultado”, disse.