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Claudia Matarazzo

Claudia Matarazzo

Colunista

Claudia Matarazzo

Bom momento para ressignificar

| 30/01/2020, 07:54 07:54 h | Atualizado em 30/01/2020, 07:59

O começo de um novo ano merece sempre uma reflexão. Lido com palavras, gosto de pensar que nossas ações/conceitos acompanhem o seu significado, na medida do possível, ao pé da letra. Mas percebo que algumas palavras têm sido gradativamente banalizadas, distorcidas e desfiguradas em seu significado original.

Ora, esse é um bom momento para “repensar” e sugiro também “ressignificar” algumas palavras que estão a se perder no mar de modismos e exageros, literalmente, “consumidas” de acordo com o mercado ou a vontade do freguês...

Luxo – Até pouco tempo associado à riqueza, hoje não é mais assim. O novo luxo pode consistir em liberdade e mobilidade, independência de horários, morar e viver de maneira sustentável, privacidade absoluta garantida. Como se vê, coisas que o dinheiro não, necessariamente, compra.

O luxo hoje é muito mais democrático: o seu acesso não é mais limitado a pouquíssimos privilegiados, mas aos muitos que entendem que o prazer de desfrutar determinados luxos pode ser alcançado através de escolhas bem feitas e de uma vida disciplinada, com foco nessa construção e busca.

Requinte – O requinte é a cereja do bolo de pequenas e grandes experiências estéticas e existenciais. Novamente, não se deve associar a detalhes complicados e produtos caros, e sim, ao aperfeiçoamento de determinada ação, objeto ou obra.

É possível ser requintado, assim como podemos acrescentar requinte a um jardim, à roupa que escolhemos ou ao sabor de um prato. E, novamente, o sucesso disso depende mais do impacto causado por inesperadas sensações de prazer estético ou sensorial do que o montante gasto para alcançar esse efeito.

Rico/riqueza – O consumo e a riqueza material chegaram a um dos seus ápices em seu último ciclo nas décadas de 1990 e 2000, trazendo uma ostentação opressiva, tanto na moda quanto no comportamento e indo além da vida social, contagiando até mesmo as relações profissionais .

Os excessos em megafestas eram acompanhados por todo tipo de ostentação comportamental. Aos poucos, essa onda está recrudescendo.

Há uma nova consciência de que a riqueza vai além disso, e que é essencial ter qualidade de vida, serenidade, bem-estar, enfim. Caso contrário, riqueza nenhuma dá conta.

Elegância – De palavras, ações, visual, estilo de vida. Para mim, sempre passa por discrição e privacidade, mas esses são conceitos em extinção hoje, embora ainda essenciais para alcançar um bem-estar mais duradouro. Pense nisso.

Simples – O que antes era considerado “ pobre”, hoje é o oposto: alcançar e cultivar a simplicidade deveria ser fácil, mas com tanta conexão, comparação e exposição, ficou difícil.

É que simplicidade está na coerência de enxergar (e seguir) a linha interna e direta que rodeia nossa mente, alma e coração. Que costura desejos, temperamento, prazer e... respeito, pelo outro e por nós mesmos. Exercício que, na mesma medida que exige, gratifica. Pode conferir!
 

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