Tabu do trabalho em final de semana abre vagas nas montanhas
Nesta fase de alto desemprego nas cidades, sobram vagas de trabalho – e com salários de até R$ 5 mil – nas montanhas capixabas. São oportunidades abertas na rede hoteleira, lojas de comércio, sítios e fazendas. Porém, perdura um tabu associado à cultura local: muitos não gostam de trabalhar em finais de semana.
Por outro lado, há uma crescente demanda turística acentuada nos meses de outono e inverno. Hospedagem em hotéis e pousadas, assim como vagas nos restaurantes, em finais de semana, somente com reserva antecipada.
Daí recorre-se aos trabalhadores de fora, mas muitos desses desistem diante do elevado custo de vida da região. “Anda sobrando turista e faltando mão de obra”, diz o empresário Roberto Galvêas.
Curso sem demanda
Um curso grátis para formação de garçom e camareira, com 30 vagas abertas, fechou prazo, dias atrás, com registro de apenas dois interessados. Isso em Domingos Martins, município muito procurado por visitantes, e que escancara a situação: significativa parcela do comércio de Campinho não abre nos finais de semana, mesmo com a bucólica cidade lotada de turistas.
PH fora do ciclo
O ex-governador Paulo Hartung, que adora fazer mistério sobre candidaturas, garante nas redes sociais que agora está fora do ciclo eleitoral. E que tem se dedicado ao trabalho voluntário de formar novas lideranças. “A política do Espírito Santo clama por renovação”, diz.
A VOLTA DAS FOGUEIRAS – Enquanto tem político queimando a imagem, o fotógrafo Vitor Nogueira capta o retorno das fogueiras juninas na vila de Itaúnas, uma manifestação interiorana que nesta época se espalha por áreas urbanas. Os arraiás, nas cidades, mesmo com caipiras de butique, fazem parte da memória afetiva de muita gente. Não é à toa que gerou um mote difundido por agências capixabas de turismo: “O Nordeste também é aqui”.
Da dança à defesa
Sinal dos tempos e da violência cotidiana: o aulão dado em Vitória pelo Museu Solar Monjardim, aos sábados, passou da dança para técnicas de defesa pessoal. Neste final de semana, o faixa-preta da modalidade “krav maga”, Marcelo Farinelli, mostrou a técnica de origem israelense para defesa corpo a corpo, que visa pontos vulneráveis do agressor.
Danuza, uma musa capixaba para o mundo
Modelo, jornalista, cronista, produtora e uma das mulheres mais avançadas da sociedade brasileira, Danuza Leão saiu de Itaguaçu – juntamente com a irmã Nara Leão, cantora – para brilhar e causar mundo afora. Sua morte, aos 88 anos, abre uma lacuna que pode ser amenizada com a leitura de suas deliciosas crônicas escritas sempre em estilo elegante e envolvente. Tem tudo ali, da etiqueta à mesa até os melhores roteiros de viagens.
... Sonho perigoso
Danuza revelou que na infância sua família costumava passar férias em Cachoeiro, num casarão próximo ao rio Itapemirim. E que sempre sonhou nadar no rio, mas que, alertada por pescadores, nunca se atreveu a encarar aquelas corredeiras traiçoeiras em vários pontos.
Sol e sombra
Estudo da Absolar aponta que até 2031 a geração de energia solar em telhados, fachadas e terrenos reduzirá em 5,6% a tarifa de energia elétrica. E inclui nessa conta mesmo aqueles que não aderirem ao sistema solar, em razão do chamado benefício sistêmico. Beleza! A sombra nesse painel luminoso é que a geração doméstica de energia solar ainda é relativamente cara.
CURTA
HOMENAGEM. Inaugurado no Liceu Muniz Freire de Cachoeiro o busto do renomado professor Aylton Bermudes. No evento, o advogado Sérgio Bermudes recebeu a comenda Rubem Braga.
BAIXA. Nascido em Cachoeiro e falecido aos 99 anos, o ex-ministro da Fazenda Ernane Galvêas nunca foi muito incensado por cachoeirenses. Provavelmente por ter servido ao governo militar.
DIGITALIZAÇÃO. O Tribunal de Justiça e a Prefeitura de São Mateus firmaram convênio para digitalizar sete mil processos da comarca. Presidiários de boa conduta serão empregados.
UM NOVO TEMPO. Com esse mote, a Fecomércio convida para a posse da nova diretoria, na próxima quarta-feira, às 19 horas, no Centro Cultural Sesc-Glória de Vitória. Comando do Sesc muda após 50 anos.
FILOSOFIA NA PANDEMIA. “Como tem gente que ainda vive no universo paralelo que desconhece as vacinas”. Entreouvido em clínica de saúde.