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Política

Barriga, Perereca, Delícia... Nomes curiosos disputam para vereador no Estado


Imagem ilustrativa da imagem Barriga, Perereca, Delícia... Nomes curiosos disputam para vereador no Estado
Novas urnas eletrônicas serão compradas |  Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil

A corrida eleitoral já está em seu início. Os partidos começaram a registrar as candidaturas daqueles que vão disputar a preferência dos eleitores para ocupar os cargos de vereador e prefeito em cada cidade brasileira. No Espírito Santo, mais de 3 mil candidatos já foram registrados no site DivulgaCandContas, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até o início da noite desta quarta-feira (23).

É na hora em que os postulantes são apresentados ao eleitorado que alguns deles se destacam por nomes e apelidos curiosos, enquanto que outros são engraçados e irreverentes. Neste ano, a disputa aos cargos públicos conta com alguns nomes que chamam a atenção.

Em Vitória, um dos candidatos a uma vaga na Câmara de Vereadores é Barriga (PSDB). Já em Vila Velha, estão na disputa Alex Sheriff (Podemos) e Sapperê (Patriotas).

Da cidade de Alegre, vem dois concorrentes com apelidos relacionados ao mundo animal. Entre as opções para os eleitores estão Mosca (Solidariedade) e Cantagalo (Republicanos). Ainda relacionados aos bichos há opções como Professor Pardal (DC), que disputa vaga em Linhares, e Bodinho (Podemos), que está na briga pela Câmara de Afonso Claudio.

Uma pessoa pode se desfazer de um apelido? Se a alcunha não se descola dela, então o jeito é levar para a urna. Esse é o caso do PR Jeferson ex-Perereca (DC), que disputa a preferência para a Câmara de Linhares.

A tecnologia também já está inserida nos nomes dos candidatos. De Colatina, vem Clerinho do Zap (PL), uma referência à abreviação feita no Brasil para o aplicativo WhatsApp.

Em Linhares, Diva Delícia (DC) disputa uma vaga na Câmara de Vereadores. Já em Mucurici, quem deseja entrar no parlamento é o Faustão (PSL). Em Rio Bananal, a concorrência na Câmara tem como candidato Pé de Meia (Solidariedade).

Nome é uma marca, explica cientista político

Nem sempre o nome com o qual uma pessoa é batizada é pelo qual os amigos e a comunidade vão conhecê-la. Por vezes, um apelido ou um termo que associa essa pessoa a profissão ou local de trabalho dela é a forma como se torna popular no meio onde está inserida.

Imagem ilustrativa da imagem Barriga, Perereca, Delícia... Nomes curiosos disputam para vereador no Estado
Riberti de Almeida, cientista político |  Foto: Acervo pessoal

O cientista político e professor universitário Riberti de Almeida Felisbino explicou que o nome funciona como uma marca para a pessoa e tem uma construção social por trás dele. “Um vereador, que não tem condições de pagar por uma campanha, o único capital político que ele vai ter é o nome. Esse nome vai dar mais visibilidade”, disse.

Há casos em que o próprio partido orienta o candidato a usar aquele nome pelo qual ele é conhecido em sua comunidade. “Vejo como uma forma de estar reforçando a personalidade daquela pessoa. Veja o caso de uma pessoa que se chama João do Ferro e o nome dele é João Amarildo. Não adianta ele colocar o nome João Amarildo na campanha porque as pessoas não vão reconhecê-lo e vai perder muitos votos”, afirmou o cientista político.

No entanto, nem sempre o apelido ou nome irreverente faz sucesso durante a campanha. Há casos que a alcunha não cola com o eleitorado e isso representa prejuízo eleitoral ao candidato. “Tem que ser um nome que já estava de certa forma naturalizado pelo eleitor”, ressalta Felisbino.

Outra estratégia de marketing que pode somar alguns votos a mais ao postulante é o jingle de campanha, aquela famosa musiquinha na qual é informado o nome e o número do candidato. Quanto mais "chiclete", maior a chance do candidato ser lembrado.

“Muitos eleitores votam pelo nome, música e outros atributos que ele coloca no programa do candidato, de quem é essa pessoa, se ele já foi prefeito ou vereador, de fazer uma pesquisa histórica sobre como ele desempenhou suas atividades. São poucas as pessoas que fazem essa pesquisa”, informa o cientista político.

Nomes podem ser barrados

Imagem ilustrativa da imagem Barriga, Perereca, Delícia... Nomes curiosos disputam para vereador no Estado
Luciano Ceotto advogado eleitoral |  Foto: Divulgação

Apesar de muitos nomes e apelidos curiosos nem tudo é válido na hora de registrar a candidatura. O advogado eleitoral Luciano Ceotto explica que a Resolução 23.609, do TSE, prevê regras para a escolha do nome do candidato.

De acordo com o especialista, preferencialmente, é solicitado ao candidato que ele use o nome pelo qual é mais conhecido, desde que não tenha dúvida sobre a identidade. “O nome não pode atentar contra o pudor, ser ridículo e ofender o decoro. Isso a lei eleitoral proíbe e o juiz eleitoral pode indeferir sobre esse tipo de nome na urna eletrônica”, adverte Ceotto.

Nas eleições também é comum a candidatura de funcionários públicos. O advogado informa que a lei veda que o nome escolhido pelo postulante ao cargo faça relação direta ou indireta com o órgão público.

Em caso de impugnação por esse motivo, cabe ao candidato comprovar que é mais conhecido por essa relação do que pelo próprio nome. “Se for pela letra da lei não vale, mas a Justiça tem sido flexível”.

Outro ponto é o uso de patentes das forças de segurança, mas a Justiça tem tido um entendimento de que ela por si só não faz alusão à corporação. “Capitão pode ser de navio, comandante de avião”, explica Ceotto.

Imagem ilustrativa da imagem Barriga, Perereca, Delícia... Nomes curiosos disputam para vereador no Estado
Advogado Yuri Iglezias explica que internos do semiaberto podem pedir auxílio |  Foto: Divulgação

O advogado Yuri Iglezias também atenta para a questão de nomes relacionados a outras profissões: “É possível o uso da profissão, função, apelido e títulos acadêmicos, honoríficos e religiosos, desde que respeitados os requisitos legais”.
 

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