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Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

Colunista

Gilmar Ferreira

Balanço negativo...

| 31/03/2021, 12:36 12:36 h | Atualizado em 31/03/2021, 12:38

Quando Rogério Caboclo disse sem meias palavras que os clubes brasileiros estariam em maus lençóis se a CBF não peitasse o discurso da paralisação do futebol o presidente da entidade pode ter resvalado no negacionismo estrutural que responde pela multiplicação do número de mortes pela Covid-19 no Brasil. Mas não havia mentira no discurso.

Os balanços orçamentários de 2020 que serão apresentados agora, em abril, mostrarão que o fechamento dos estádios trouxe a alguns clubes um prejuízo maior do que o imaginado. Alguns deles acumulam dívidas de curto, médio e longo prazos orçadas em mais de R$ 1 bilhão.

E não falamos de clubes como Botafogo, Vasco, Cruzeiro e Coritiba, campeões brasileiros da prim
eira divisão em anos passados que terão de atravessar o ano dois da pandemia com receitas acanhadas.
Mas de Santos, finalista da última Libertadores; Atlético/MG, que investiu cerca de R$ 200 milhões em reforços no ano passado; e de Corinthians, que nem a venda do “naming rights” do estádio de Itaquera conseguiu amenizar o passivo.

Não há previsão de reabertura das bilheterias, a verba do mercado publicitário é escassa, e não também já não dá para contar com o dinheiro da venda de jogadores para o exterior.
Europeus

Sites especializados nas finanças dos grandes clubes europeus estimam que, somados, o prejuízo de Barcelona, Real Madrid, Bayern, Manchester United e Liverpool na última temporada chega a 670 milhões de euros (cerca de R$ 4.534 bilhões).

O clube catalão perdeu 275 milhões (cerca de R$ 1.861 bilhões) em receitas e o os merengues 65 milhões (cerca de R$ 439,87 milhões). Um indício de que o desempenho dos dois maiores clubes espanhóis na próxima janela de verão não será tão animadora para os clubes brasileiros.

O mesmo vale para os grandes da Alemanha e da Inglaterra. Ou seja: enquanto não houver a perspectiva de público nos estádios, os investimentos em reforços serão mais acanhados.

Isso me faz crer que a CBF já deveria ter pensado uma forma de ajudar na economia dos clubes, sem que precisasse assumir o ridículo papel “negacionista” – fingindo não ver o caos que definha o País.

Em 2020, a entidade distribuiu R$ 339 milhões em prêmios, e estimo que o valor este ano alcance patamar semelhante. Se é capaz de enxergar a dificuldade dos clubes, não seria hora então de propor a eles uma divisão equânime do dinheiro ofertado, sem a premiação meritocrática?

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