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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Autoconhecimento é uma regra de ouro da vida

| 16/09/2020, 10:31 10:31 h | Atualizado em 16/09/2020, 10:35

Há quem os critique, há quem os ame; eles já me resgataram do fundo do poço e lhes sou grata: os livros de autoajuda. Acredito no “querer é poder” junto com o “querer é agir para poder”. É preciso ter um equilíbrio entre capacidade, ação, oportunidade e conhecimento do que ignoramos. Quanto mais investimos no autoconhecimento, mais descobrimos nossos talentos e limitações, defeitos e qualidades.

Os livros são um dos caminhos para a autodescoberta. É difícil alguém se contentar só com o peixe, conhecendo sua capacidade de ter uma peixaria.

O universo capta as vibrações negativas e nos devolve. Então, não adianta o rosto sorrir se o âmago está repleto de rancor. As redes sociais hoje são fontes de provocações. É preciso vigiar a nossa mente e nos vigiar.

Os livros me ajudaram a não me iludir que a felicidade estará na formatura, na casa própria, no casamento, em outro emprego, cidade etc. A verdadeira jornada do bem-estar é a mente. Conciliar rosto e alma é difícil quando o mundo cai à nossa volta, mas é um ingrediente de êxito.

Pratiquei o poder do autoconhecimento e do pensamento positivo com ações nos desempregos. Para alguns, o desemprego era cortar gastos. Para mim, significava não ter onde morar e como comer. Mesmo assim, agi otimista. Como?

Encarando todos os dias como úteis, incluindo Natal e Carnaval. Consegui um emprego às vésperas do Natal. Aceitei trabalho temporário porque não encontrava efetivo e fui efetivada. Cargo pouco me importava, o importante era garantir o pão; manteiga era dispensável. Se não apareciam oportunidades, eu as criava. Enviava mais de 500 currículos por mês pelos Correios.

Talvez hoje eu cadastraria meu currículo em 500 sites por semana. Rezar, orar e fazer promessas também valem, mas tem de trabalhar todos os dias pelo trabalho. As chances de um milagre são maiores.

Leitura não abastece a despensa, mas abastece o cérebro. No autoconhecimento, descobri uma atividade que dependia só de mim, tornando-me independente do mercado de trabalho.

Não existe “antigamente era melhor”. Qualquer época que se viva sem emprego e sem dinheiro é insuportável. Basta ler as biografias de vencedores de todos os séculos.

Quem se autoconhece, não se esmorece com críticas nem se deslumbra com elogios. Numa época de cancelamentos, provocações e polarizações virtuais, é mais importante ainda porque quem se autoconhece se fortalece, e sabe que revidar é sempre a pior escolha.

A filosofia de Sócrates do “Conheça-te a ti mesmo” de mais de 2.300 anos é uma regra de ouro para olhar a vida como ela é: bela, breve e sagrada. Estime-a.


Celina Moraes é formada em Letras, escritora e cronista.

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