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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

As agoniantes cistites

| 22/09/2020, 10:37 10:37 h | Atualizado em 22/09/2020, 10:41

“Estou urinando de meia em meia hora”, queixou-se minha paciente. “Na verdade, parece que vou verter um oceano de urina, mas acabo eliminando apenas algumas gotas, sempre acompanhadas por uma desconfortável queimação. Cistite me dá nos nervos”, concluiu.

Conhecida como infecção urinária baixa, a cistite é frequentemente causada pela bactéria Escherichia coli, presente no intestino. Todavia, no trato urinário, esse germe pode infectar a uretra, a bexiga ou os rins. Outros microrganismos, como fungos, também podem gerar infecções vesicais.

Cistite provoca queimação intensa na bexiga. Durante um episódio de infecção, aumenta o número de vezes que a pessoa sente necessidade de urinar, tentando evitar distensões que geram dor e irritação.

Homens, mulheres e crianças estão sujeitos a infecções urinárias. No entanto, elas acometem, com maior frequência, o sexo feminino. Uma, a cada quatro mulheres, terá cistite no decorrer da vida.

Por terem a uretra curta, mulheres têm maior risco de invasão bacteriana. O uso de espermicidas, diafragma, chuveirinho e absorventes internos facilitam a contaminação da bexiga. Cistite actínica, provocada por radioterapia, e cistite intersticial, gerada por perda da camada protetora da parede da bexiga, são mais raras.

Além desses quadros de baixa imunidade, a doença também pode ser causada por estresse, diabetes, pneumonia, câncer, leucemias e hepatite crônica. É importante dizer que não existe qualquer relação entre infecção urinária e uso compartilhado de toalhas e banhos de piscina, pois não se trata de uma doença contagiosa.

O hábito de usar roupas justas ou de fibras sintéticas pode contribuir para o aparecimento da infecção, uma vez que a falta de ventilação facilita a proliferação bacteriana local.

O tratamento varia de acordo com os sintomas apresentados. Normalmente são prescritos antibióticos, para debelar a bactéria responsável pela cistite; antiespasmódicos e analgésicos, para aliviar o quadro doloroso; além de antissépticos, que também ajudam a eliminar a bactéria e aliviar os sintomas da cistite.

É importante que os remédios sejam usados conforme recomendação médica, para que o tratamento seja eficaz, evitando a recorrência da doença.

Além dos fármacos, alguns cuidados são imprescindíveis, como o aumento da ingestão de água, que eleva a produção de urina, facilitando a eliminação da bactéria, e banho de assento, visando aliviar o desconforto.

Uma fruta denominada cranberry, nativa dos Estados Unidos, vem sendo utilizada no tratamento da cistite. Acredita-se que ela contenha uma substância que impede a adesão das bactérias nas paredes da bexiga. Os índios norte-americanos já usavam essa fruta para prevenir e tratar doenças do trato urinário, há séculos. Vários estudos, infelizmente, não confirmaram sua eficácia.

Doenças recidivantes provocam desassossego no corpo e inquietude na mente. O que mais irrita na cistite é a incerteza da cura definitiva.

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