Após as eleições, ficaremos de braços cruzados?

Com o término das eleições, quase tudo volta ao normal. Para alguns, a felicidade ainda está estampada com sorrisos e abraços por terem conseguido o tão almejado cargo de representantes do povo capixaba.

Em contraponto, também existe a tristeza de vários candidatos por não terem conseguido se eleger e, o que é pior, contraíram pesadas dívidas de campanha.

Diante dessas alegrias e tristezas a vida continua, o Espírito Santo precisa caminhar e continuar correndo atrás do seu progresso econômico e social.

Mas o que interessa mesmo, para a população capixaba, é que todos os eleitos estejam realmente comprometidos com as propostas apresentadas, que acabaram conquistando a confiança do eleitorado aqui na terra.

Agora, é o momento de conhecermos realmente “quem é quem”, se de fato ninguém mudou após a vitória.

A sociedade fez a sua parte, agora é vez dos representantes eleitos ou reeleitos, que terão quatro anos para colocar em prática tudo aquilo que prometeram nos debates pela TV, nas passeatas, nas visitas às casas dos eleitores e, principalmente, no Programa Eleitoral Gratuito.

Afinal, os novos “inquilinos” estão ansiosos para começar a trabalhar, em benefício da comunidade que lhe outorgou esse mandato comunitário de confiança. São eles (as) que irão decidir como o

Estado irá trilhar o caminho do desenvolvimento social, político e econômico, pois não tem o que reclamar, visto que os seus vencimentos (salários) são ótimos, e recebem em dia, sem nenhum atraso. Isso aumenta, ou deveria aumentar, a vontade de trabalhar pelo progresso do Espírito Santo.

Dentro dessa expectativa analisaremos dois fatores predominantes, que não podem faltar após a divulgação do resultado de uma eleição.

Os compromissos do representante eleito: cumprir tudo aquilo que prometeu na sua campanha; ser um representante fiel, sem deixar levar pelos interesses alheios aos da comunidade que o elegeu; não ficar correndo, se escondendo dos seus eleitores. Afinal, é empregado do povo, e todo funcionário que se preza tem que dar bom exemplo; nunca perder a confiança do eleitorado e do povo em geral.

E os deveres de todo o cidadão brasileiro: acompanhar, passo a passo, todas as decisões dos seus representantes, para saber se realmente estão condizentes com o desenvolvimento coletivo da sociedade; pelo menos uma vez por mês, observar como o seu empregado está se comportando no local de trabalho, pois ele ganha muito bem e é dever dele estar à disposição de todos, independentemente de quem lhe concedeu o direito de representá-lo; tomar conhecimento dos seus direitos que estão expressos na Constituição, para que as leis sejam aplicadas todos os dias; exigir prestação mensal do empregado, durante o seu período de representatividade.

As promessas de construir um Estado melhor conquistaram mais uma vez a confiança do povo capixaba, e de outros irmãos que residem nesta terra maravilhosa, e que foram responsáveis pela vitória de muitos.

Não faltaram promessas e “soluções” durante toda a campanha eleitoral. Só nos resta esperar, e cobrar para que sejam todas cumpridas.

Alberes Bezerra é licenciado em Filosofia, História, Pedagogia e