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Colunista

Folha de São Paulo

Apertem os cintos

| 10/03/2020, 06:49 06:49 h | Atualizado em 10/03/2020, 06:56

As imagens de Jair Bolsonaro com Emerson Fittipaldi e, depois, com Romero Britto em meio à turbulência que levou a Bolsa de Valores à maior queda desde 1998 produziram, na classe política, a percepção de que o governo não sabe o que fazer diante da crise global e tem pouco apreço a medidas eleitoralmente duras.

Outrora salvador da pátria, Paulo Guedes (Economia) perdeu o status entre congressistas que, diante da inoperância presidencial, se dizem dispostos a flertar com o populismo.

Circo - A única ação de Bolsonaro, avaliam políticos, foi ter convocado manifestações populares que, a depender dos efeitos da crise na economia, podem se voltar contra o próprio governo com pedidos por mais gastos em tempos de restrição fiscal. Neste caso, parlamentares se dizem dispostos a embarcar no jogo presidencial e "ouvir a voz das ruas".

Sem ação - Há um mês, o Ministério da Saúde prometeu que liberaria recursos para novos leitos e para reforçar equipes nos estados contra o coronavírus. Segundo secretários estaduais de saúde, nenhum centavo foi repassado. Eles trabalham com o limite de 26 de março, quando se reúnem gestores municipais, estaduais e do governo federal.

Fechado - Há preocupação também com o preço dos medicamentos por duas razões: a alta do dólar e a escalada de casos do coronavírus na Índia, país que é grande exportador e, por causa da doença, restringiu as vendas na semana passada.

Alçapão - Governadores calculam o efeito da queda do petróleo nas receitas locais. Estados produtores, como o Espírito Santo, avaliam que podem perder mais de R$ 1 bilhão com o barril abaixo de US$ 40 –o tipo Brent foi a US$ 34,47 nesta segunda (9). Wilson Witzel (PSC-RJ) foi quem levou o tema a debate –as contas do Rio já estão combalidas.

Alçapão 2 - A percepção é que a queda do petróleo afeta a arrecadação de todos, mas ainda não se pode prever quanto, nem o que fazer. O que passou em branco foi a nova crítica feita por Bolsonaro ao ICMS.

Remédio - Ex-presidente do Banco Central na última grande crise global, em 2008, Henrique Meirelles afirma que a venda de reservas cambiais só deve ser acionada para suprir escassez de dólares localizada, não para moderar a alta da moeda. O risco é contribuir para a contração da economia doméstica, já em curso.

Planejamento - O Ministério da Saúde começou a discutir com estados um planejamento para fechamento de escolas e restrições de atividades. A pasta defende que as medidas não são necessárias agora, mas precisam estar programadas. O órgão vinha se opondo à paralisação de aulas.

Hora certa - Dirigentes da pasta pediram a representantes estaduais que sugerissem o melhor momento para aplicar as ações. O ministério defende que isso não seja feito preventivamente, mas só quando houver caso confirmado, no sentido de fazer a desinfecção do estabelecimento.

Ônus - Em representação ao TCU, a Advocacia-Geral da União pede que o procurador-geral da República de 2009 a 2013, Roberto Gurgel, seja responsabilizado pelo que chama de erro grosseiro: a concessão de adicional ao salário de servidores do Ministério Público da União.

Ilegal - O Adicional de Atividade Penosa é pago para servidores que trabalham em zonas de fronteira ou em outras áreas específicas do país. Para a AGU, o erro foi instituir pagamento por meio de portaria, já que deveria ter havido regulamentação por meio de lei.

Empacou - A representação da AGU está no TCU há mais de um mês sem decisão, com o ministro Bruno Dantas.

Festa - Secretário de Cultura de SP, Alê Youssef recebeu convite do Cidadania para ser candidato a vice em chapa encabeçada pelo prefeito Bruno Covas nas eleições de outubro. Youssef deve aceitar.

Visita à Folha - O professor Márcio Luiz Borinelli, diretor administrativo-financeiro da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), visitou a Folha nesta segunda-feira (9). Estava acompanhado de Adriana Arroio, gerente de Marketing e Relacionamento, e de Nancy Assad, assessora de imprensa.

*

TIROTEIO

"É uma declaração de guerra do governo contra a natureza. É triste, como se a cada dia tivesse que arrancar um pedaço do coração."

Do líder indígena Ailton Krenak, sobre a queda de multas ambientais para o menor nível desde 1995 no primeiro ano do governo Bolsonaro.

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