Advogado é amarrado e tem casa saqueada em Vila Velha
Um advogado de 61 anos passou por momentos de pânico no final da noite de quarta-feira (16) ao ser rendido dentro da própria casa, em Ponta da Fruta, Vila Velha.
Ele teve as mãos e pés amarrados, a cabeça coberta, foi amordaçado e deixado na rua pelos bandidos, que fugiram levando pertences e o carro da vítima.
O advogado, que não quis se identificar, contou que estava cochilando, por volta das 22h, quando três criminosos conseguiram entrar na casa dele. Um dos bandidos estava com uma submetralhadora semi-industrial.
“Eles me puseram de cabeça baixa, amarraram minhas pernas e mãos para trás, querendo dinheiro. Eu dizia que não tinha. Fiquei de costas com um pano na cabeça, sentia às vezes um movimento na minha mão e a arma na cara”, revelou a vítima, que preferiu não se identificar.
Todo esse terror durou cerca de duas horas, tempo em que os criminosos começaram a colocar os pertences da vítima no carro dele, um Honda Civic. Os bandidos levaram dois computadores, dois celulares, uma parafusadeira e caixas de som.
“Depois eles me desamarraram e colocaram no carro, no banco na frente. Não falavam nada, só que iam me soltar logo. Aí me deixaram numa rua do bairro mesmo. Parei em uma casa, o morador me deu água e falou que iria ligar para o 190. Vim andando para minha casa e chamei a polícia”, lembrou o advogado.
Cerca de 30 minutos depois que a polícia foi acionada, militares viram o veículo da vítima passando pelo bairro São Conrado. Como o pneu furou, os criminosos tiveram que parar o Civic e fugir a pé. Um deles, de 29 anos, foi preso com a arma. Os outros dois conseguiram fugir. Os pertences do advogado não estavam mais dentro do carro.
Esse não foi o primeiro prejuízo que ladrões deram à vítima. Há 15 dias, a casa dele foi invadida e os bandidos levaram dois notebooks. “Esses computadores que levaram na quarta-feira tinham acabado de chegar, para substituir os outros”, lamentou o advogado.
Antes disso, há um mês, a casa dele também foi invadida. No bairro, outros vizinhos reclamaram das invasões. “Dá muito medo, a gente não vê segurança por aqui. Nem dá para sair de casa”, disse uma empregada doméstica, de 44 anos, sem se identificar.
O jovem preso foi autuado por roubo majorado por concurso de pessoas, restrição de liberdade da vítima e emprego de arma de fogo. A Polícia Militar informou que realiza o patrulhamento no bairro.
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