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Painel

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Colunista

Folha de São Paulo

Acredite

| 16/01/2021, 11:21 11:21 h | Atualizado em 16/01/2021, 11:23

Em meio à falta de leitos e de oxigênio para pacientes com Covid-19 em Manaus, o Ministério da Saúde do governo Jair Bolsonaro montou e financiou força-tarefa de médicos defensores do que chamam de “tratamento precoce” para visitarem Unidades Básicas de Saúde na capital amazônica.

Essa abordagem prega o uso de remédios incensados pelo governo federal, mas que estudos científicos dizem não ter eficácia contra o coronavírus, como cloroquina e ivermectina.

Milhas
Segundo alguns dos envolvidos, eles não receberam pela participação no evento, mas tiveram diárias de hotel e alimentação pagas pelo governo federal. O Painel enviou três e-mails sobre o tema para o Ministério da Saúde ao longo de três dias, mas não obteve resposta.

Resposta
A força-tarefa agiu na segunda-feira, um dia após o governador Wilson Lima (PSC-AM) pedir socorro ao País devido à falta de oxigênio no estado.

Carga
Os integrantes da chamada “Missão Manaus” defenderam o uso de ivermectina e hidroxicloroquina ao falar com os profissionais de saúde do Amazonas. Eles também doaram quase 100 caixas do antiparasitário e do antimalárico, segundo a médica Helen Brandão, de Goiás.

Perguntas
A dermatologista escreveu em suas redes sociais que em vez de questionarem a falta de oxigênio em Manaus, as pessoas deveriam se perguntar sobre quantos pacientes tiveram o tratamento precoce negado. Procurada pelo Painel, disse que processaria o jornal se fosse citada.

Soy yo
“Acredito no poder preventivo dessas medicações. Não sou nenhuma camicase, prezo pela minha vida, pela minha profissão, sou muito ética. Tomei as medicações e fui confiando nisso. Tanto a ivermectina quanto a hidroxocloroquina”, diz Luciana Cruz, anestesiologista de São Paulo que fez parte da caravana.

Poder...
Gonzalo Vecina Neto, médico sanitarista e professor da USP, diz ao Painel que a ação terá de ser usada no futuro “para demonstrar cabalmente que o Ministério da Saúde abandonou sua tarefa de salvar vidas e passou a espalhar crenças”.

...da fé
“O uso dessas medicações só se justifica pela crença. Podiam levar também os feijõezinhos do pastor Valdemiro (Santiago). Devem fazer o mesmo efeito”, completa.

Exceção
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) soltou, na noite de ontem, uma portaria permitindo que pilotos e tripulação excedam as horas de voo regulamentares caso estejam transportando pacientes ou equipamentos de Manaus. A regra foi flexibilizada por uma semana e dura até o dia 25.

Novidade
A agência também atualizou as regras de transporte de oxigênio. Latam e Azul solicitaram autorização para fazer o serviço, considerado de risco pela instabilidade do gás engarrafado.

Regras
Segundo a Anac, operadores certificados para o transporte de artigos perigosos podem transportar oxigênio comprimido até o limite de 75 quilos em aeronave de passageiros e 150 quilos em aeronave de carga. Oxigênio líquido não pode, mas a Anac diz que está empenhada em viabilizar o transporte por empresas comerciais.

Delivery
Em reunião, ontem, o Ministério da Justiça informou secretários de Segurança que o transporte de vacinas contra a Covid-19 pode ter que ser feito via terrestre e não por aviões, para pelo menos sete estados.

Retorno
As bancadas do Psol e do PT querem a interrupção de recesso na Câmara de São Paulo para debater o agravamento da pandemia. As duas bancadas de oposição solicitaram ontem reunião com a vice-presidente da Câmara, Rute Costa (PSDB), já que o presidente Milton Leite (DEM) está afastado para tratamento da doença.

Nada disso
O diretório de São Paulo do PSDB repudiou a decisão da bancada da sigla no Senado em não apoiar nenhum candidata à presidência na Casa, deixando que cada parlamentar vote conforme sua preferência. “O Brasil passa por tempos sombrios de ataques a democracia, de omissão de nossas lideranças”, afirma Luiz Fernando Alfredo, presidente municipal do partido.

Tiroteio
“Governo não pode fingir que não tem nada com isso e o Congresso tem que abrir suas portas imediatamente”. Da senadora Simone Tebet (MDB-SP), sobre o colapso do sistema de saúde em Manaus em razão do aumento de casos da Covid-19.

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