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Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

Colunista

Gilmar Ferreira

Abaixo da média

| 09/07/2021, 11:19 11:19 h | Atualizado em 09/07/2021, 11:20

A torcida do Flamengo fechou questão com relação à demissão do técnico Rogério Ceni, por considerá-lo incompetente para dirigir o time. A do Fluminense quer a saída de Roger Machado creditando a ele as oscilações no Brasileiro. A do Vasco prevê a permanência do clube na Série B por culpa da limitação de Marcelo Cabo. E a do Botafogo responsabiliza Marcelo Chamusca pelos 15 pontos perdidos nas nove primeiras rodadas do campeonato.

O que está acontecendo no futebol brasileiro – os torcedores ficaram mais exigentes e “empoderados” com a difusão de seus sentimentos pelas redes sociais ou os técnicos perderam o fascínio e tiveram o prazo de validade reduzido?

Pode ser até as duas coisas juntas. Mas tenho para mim que os treinadores se tornaram mais vulneráveis com a transmissão em larga escala das partidas de seus times.

Hoje, durante a semana, joga-se mais do que treina em função dos calendários lotados de competições e ainda comprometidos pelos meses de paralisação por causa da Covid-19.

Sentença

E pior do que o julgamento desumano, é a sentença sumária dos torcedores. É evidente que há trabalhos ineficientes, mas nem sempre o mau rendimento do time é fruto da incapacidade do treinador. Há variáveis a serem levadas em consideração e nem sempre a troca do comando é a solução.

Aliás, pesquisa divulgada pela Universidade de Colônia no ano passado mostrou exatamente o contrário: na maioria das vezes, a mudança durante a temporada atrasa o desenvolvimento e compromete o atingimento das metas. É que, geralmente, os casos que fogem à regra acabam ganhando destaque e ficamos com a impressão de que a demissão do técnico é o único remédio.

As campanhas vitoriosas são atribuídas ao chamado “choque de gestão” e o sentimento coletivo é o de que o time não andaria se a direção da equipe fosse mantida. O que não é uma verdade absoluta: há outras intervenções possíveis.

O fato, porém, é que com quase um terço do Brasileiro disputado nas Séries A e B os treinadores dos times cariocas têm menos do que 50% do aproveitamento dos pontos – e isso é realmente decepcionante.

Rogério Ceni fez 42,8% no Flamengo; Marcelo Chamusca, 44,4% no Botafogo; Roger Machado está com 46,6% no Fluminense; e Marcelo Cabo “lidera” com 48,1% no Vasco.

Os dirigentes precisam analisar caso a caso e intervir sem a troca no comando. Caso contrário, pagarão caro. E em papel moeda.

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