Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Claudia Matarazzo

Claudia Matarazzo

Colunista

Claudia Matarazzo

A vez da consciência

| 23/04/2020, 09:49 09:49 h | Atualizado em 23/04/2020, 09:56

Em plena quarentena e com o foco de todo o planeta voltado para a pandemia da Covid-19, escrever sobre algo que não seja o isolamento social, a agressão do dia do presidente Bolsonaro ou os números subnotificados de doentes por falta de testes é um desafio e tanto.

Mas, como já mandaram-me limitar minha opinião aos “assuntos de comportamento” quando me atrevi a falar como cidadã, vou tentar falar disso.

Que o comportamento da humanidade vai mudar não resta a menor dúvida: outros valores, outro tipo de consciência, outro padrão (e patamar) de consumo e negócios.

E, nesse cenário, crescerão as pequenas e inovadoras empresas que nasceram pensando em sustentabilidade, reciclagem e solidariedade. Na Moda isso já vinha acontecendo: pequenas marcas inovadoras estão na vanguarda da moda ética.

Porque reciclar – É fato que quase um quinto das roupas acaba em um incinerador ou aterro sanitário apenas um ano após a fabricação!

Comprar roupas não é mais um passatempo inofensivo; é mais uma dolorosa fronteira entre o desejo e a consciência.

Consciência essa que começa a despertar: o site de pesquisa de moda Lyst registrou um aumento de 47% em compradores procurando itens de roupas como algodão orgânico ou couro vegano no ano passado. Já a procura por calçados sustentáveis subiu 113%.

Além de ativistas e inventores de tecidos, há o consumidor final que agora começa a garimpar e conhecer novas marcas e etiquetas que, se não chegaram à cidade ou região, podem inspirar outros selos jovens.

A Econyl é um dos exemplos de marca que oferece um ótimo design, e que, junto a outras, pode mudar a forma como a indústria mais ampla pensa sobre moda.

Transformando em trajes de banho, as redes de pesca que podem ser infinitamente recicladas, em pouco tempo, chamaram a atenção de criadores como Stella MacCartney, entre outros.

Lição de Casa – Considerando que uma média de 64.000 toneladas de redes de pesca são deixadas no oceano a cada ano, dá para imaginar o quanto um país com a nossa imensa costa oceânica poderia transformar e ajudar as comunidades ribeirinhas, tanto com o material quanto capacitando as artesãs?

90% – Filantropia com os lucros – A marca de Shafiq Hassan, seu cofundador, distribui 90% dos lucros assim: as pessoas que fazem as roupas, em Bangladesh e na Turquia, ganham 5%; as pessoas que constroem a marca ganham 5%; e o resto é dividido entre quatro instituições de caridade, que os consumidores ajudam a escolher.

Segundo Hassan, para ser um agente de mudança, é preciso compartilhar empatia, compaixão e valor – dando poder e voz às pessoas. Inspire-se!

SUGERIMOS PARA VOCÊ: