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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

A urgência dos cuidados antes e depois da vacina contra a Covid

| 18/04/2021, 09:22 09:22 h | Atualizado em 18/04/2021, 09:28

Desde o início da tão esperada vacinação contra a Covid-19 no Brasil, que começou no dia 17 de janeiro deste ano, são registradas quedas nos números de casos, internações e mortes entre pessoas de grupos mais vulneráveis, como os idosos.

Os efeitos positivos podem ser observados na prática diária dos consultórios e nas UTIs. Essa diminuição na taxa de idosos internados e de óbitos, mostra a eficácia da vacina. Esse cenário reflete uma gradual vitória sobre uma doença que, há mais de um ano, vem ceifando vidas e deixando órfãs tantas famílias que hoje contabilizam suas perdas.

Contudo, ao mesmo tempo que nos alegramos com a ausência de idosos lutando contra a doença nas UTIs, lamentamos que essas mesmas vagas têm sido ocupadas por pacientes mais jovens – e numa escala crescente.

Os impactos positivos ocasionados pela imunização reforçam, neste momento, duas necessidades: a aceleração da campanha e a importância do isolamento social. Com a vacinação em ritmo lento e a ausência de medidas de segurança, o resultado é a disseminação da Covid-19 de forma veloz, como nos mostra a realidade do aumento de casos e óbitos em todo o Brasil.

E as medidas de segurança não são apenas para aqueles que ainda não foram vacinados. Ainda é urgente a necessidade de proteger a si mesmo e os outros com uma postura responsável diante do cenário de morte que o País vem enfrentando. Vacina não cura. A imunização busca atenuar os efeitos da doença e, assim, evitar complicações mais graves, mesmo em casos de infecção.

Apesar da eficácia comprovada da vacina, ela precisa ser combinada com medidas importantes, como o uso correto de máscara e higienização constante do corpo e dos ambientes. Segundo a Fiocruz, isso precisa ocorrer até que 70% da população esteja vacinada. E ainda estamos longe disso.

Uma possível tendência de relaxamento em relação às medidas de distanciamento social após a aplicação da vacina pode desencadear um aumento no número de infecções e internações.

Portanto, a recomendação de todos os organismos de saúde é que, neste momento, os vacinados mantenham as medidas de isolamento, pois a imunização não os livra do contágio e nem de contaminarem outras pessoas que não estão vacinadas.

Recentemente, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiram um alerta sobre esse comportamento, alegando que ele pode causar o aumento de internações de idosos que já receberam a primeira dose.

E quem ainda não se vacinou, é fundamental redobrar a atenção. O cenário de incerteza quanto ao calendário de imunização para os próximos meses nos remete à grande responsabilidade de proteger a vida até que a vacina chegue para todos. Não é momento de relaxar, tampouco de esquecer das consequências trágicas que a Covid-19 causa.

Até o momento, o remédio mais eficaz continua sendo a prevenção. E a falta dele pode trazer sérios efeitos colaterais.

GUSTAVO GENELHU é geriatra.

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