Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

Colunista

Gilmar Ferreira

A saga defensiva

| 05/09/2021, 13:09 13:09 h | Atualizado em 05/09/2021, 13:11

São imerecidas as críticas ao trabalho de Tite na Seleção Brasileira. Porque vejo claramente que, com a vaga garantida na Copa do Mundo do Catar, no final de 2022, a preocupação do técnico agora é dar ao time o mínimo de sustentabilidade defensiva. E não é sem razão. Como o Brasil tem amargo histórico nos confrontos com os seus principais adversários europeus, a conquista do hexa e o consequente fim do jejum passa obrigatoriamente por um sistema de marcação mais ajustado, mais forte e confiável.

Acho que já contei aqui sobre recente conversa com Carlos Alberto Parreira sobre a preparação para o Mundial dos Estados Unidos, em 1994.

O técnico lembrou que a Seleção do tetra ganhou forma e conteúdo em três atos: a formação da dupla Dunga e Mauro Silva, na goleada de 5 a 1 sobre a Venezuela, em Maracaibo, nas Eliminatórias; a volta de Romário e a entrada de Mazinho no duelo de 4 de julho contra os donos da casa.

À exceção do óbvio retorno do Baixinho, mudanças que fecharam o time.

Ainda assim, a Seleção sofreu dois gols da Holanda (já havia sido vazada pela Suécia) que por pouco não lhe tira o título.

Cuidados que Zagallo não teve em 1998, na França, apostando no quadrado formado por Leonardo, Rivaldo, Bebeto e Ronaldo. Time com vocação ofensiva, mas que levou um gol da Escócia e da Holanda, dois da Noruega e da Dinamarca e três da França.

Talvez, se o treinador tivesse mesmo fama de retranqueiro, teria os eficientes Emerson e Zé Roberto ao lado de César Sampaio e Dunga…

Que, aliás, foi mais ou menos o que fez Felipão a partir da derrota de 1 a 0 para o Uruguai, em Montevidéu, pelas Eliminatórias, a um ano da Copa da Ásia.

Fechou o time com três zagueiros (Roque Jr, Lúcio e Juan, depois Edmílson) e dois volantes (Gilberto Silva e Emerson, depois Kleberson).

Com o sistema já comum aos clubes da Europa, o Brasil chegou ao equilíbrio. E se não fez grandes exibições até a final com a Alemanha, levou só um gol (Inglaterra) em quatro jogos seguidos contra os europeus.

Desde então, as jornadas nas Copas foram viagens melancólicas entre a euforia e a depressão.
Em 2006, na Alemanha, o time de Parreira, com três melhores do mundo, sofreu só dois gols em cinco jogos. Mas caiu nas quartas com um gol da França. Em 2010, na África do Sul, a Seleção de Dunga foi eliminada com dois gols da Holanda num sistema já vazado por Coreia do Norte e Costa do Marfim.
E em 2014, no Brasil, com Felipão e Parreira, levou onze gols de Croácia (1), Holanda (3) e Alemanha (7).

Tite parece ter percebido que a maior carência do Brasil na Copa da Rússia, em 2018, esteve relacionada à falta de um sistema defensivo mais rígido. E vai desagradar aos românticos até conseguir levantar o caneco do hexa.
 

SUGERIMOS PARA VOCÊ: