A luta por Domènec...

A entrevista do vice de futebol Marcos Braz, ontem, em Guayaquil, ratificou a informação publicada neste espaço: a cúpula rubro-negra entende que o ano atípico exige cautela na avaliação do trabalho de Domènec Torrent e considera bem razoável dar ao técnico cerca de cem dias para análise mais sensata de seu alinhamento às metas do clube.

O Flamengo encerrará a participação na fase de grupos da Libertadores no dia 21 de outubro e a tabela do Brasileirão marca a última partida do turno para o dia 1º de novembro, contra o São Paulo, no Maracanã.
A expectativa é de que, até lá, o time esteja classificado às oitavas de final do torneio sul-americano e posicionado entre os primeiros colocados no campeonato nacional.

Público

Para facilitar a adaptação do treinador, o presidente Rodolfo Landim se encarregou pelo trabalho político nos bastidores pelo retorno gradual do público aos estádios. É consenso que a queda no desempenho do time vem desde os 2 a 1 sobre a Portuguesa/RJ, de virada, no Maracanã, em março, pelo Campeonato Carioca, nos últimos minutos daquele primeiro jogo de portões fechados por causa da pandemia.

O presidente rubro-negro foi à sede da CBF conversar com o presidente Rogério Caboclo na tarde da quinta-feira passada (dia 10) e saiu de lá garantindo a aliados políticos partidários que não haveria má vontade da entidade se as autoridades públicas apresentassem plano seguro para o retorno dos torcedores aos estádios. Na tese de Landim, o que agradaria a todos os clubes.

Marcelo Crivella, o prefeito “non sense” que escapou da abertura de processo de impeachment na Câmara de Vereadores, seguiu o protocolo, e o remeteu à CBF em forma de apelo. Pediu que a entidade o ajudasse a diminuir o número de pessoas nas praias, antecipando para as 11 horas a partida contra o Athletico/PR, em 4 de outubro, e liberando a presença de 20 mil torcedores no estádio.

Denúncias
Custo a crer que Rogério Caboclo crie barreiras para atrapalhar o jogo ensaiado. Mas lembro que a Procuradoria do STJD formalizou 36 denúncias contra 22 clubes das Séries A (18) e B (4) do Brasileiro por descumprimento do protocolo de segurança no combate à propagação do coronavírus. Denúncias que partem de notícias de infrações formalizadas pela própria CBF.

Ou seja: está na cara que os clubes são incapazes de conduzir esta luta. Logo veremos nos estádios as aglomerações que já ocorrem nas esquinas das cidades...